O agora capitão Luz secretariou o comando do BCAV. 8423, do alto da sua competência, rigor e «pontos e cedilhas». Era tenente no Quitexe e ontem, dia da CCS dos Cavaleiros do Norte, tinha um encontro de oficiais do seu curso, em Águeda, mas optou por Ferreira do Zêzere.
«Gosto de estar aqui, deste convívio... Ver-vos, significa muito para mim...», disse, na oração de abertura do Encontro de 2010.
O dia era muito especial para todos nós: exactamente ontem, completavam-se 36 anos da nossa partida para Angola e o «pormaior» foi sublinhado. «Partimos de Portugal para viajar 10 000 quilómetros e não era para uma missão de mal, era para uma missão de bem...», enfatizou Acácio Luz, atentamente escutado pelos cavaleiros e amazonas que se juntaram em festa na Estalagem do Lago.
«Uma missão de bem!!!...», assim disse e redisse, da nossa passagem por Angola, aquele que, de nós, maior capital de experiência e conhecimento tem da que foi a última presença militar portuguesa em Terras do Uíge. Por lá, e retomo as palavras do tenente/capitão Luz, «partilhámos amizades, alegrias, riscos, diferenças e dúvidas». Sem esquecer «a generosidade de todos e a ordem e disciplina impostas pelo comandante Almeida e Brito».
«O 8423 marcou a minha vida. Também por isso fiz agulha para aqui, não podia faltar...», disse o tenente/capitão Luz. E disse, e fez, muito bem. Só podia ser! O 8423 marcou-nos a todos.
- LUZ. Acácio Carreira da Luz, tenente do SGE, responsável pela secretaria do BCVA. 8423. É capitão aposentado e tem «80 e picos anos...».
- Ver aqui: http://cavaleirosdonorte.blogspot.com/2009/09/o-tenente-luz-da-secretaria-do-comando.html
- E aqui: http://cavaleirosdonorte.blogspot.com/2010/02/os-atiradores-da-secretaria-da-ccs-e.html
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CHEGADA A ANGOLA, HÁ 36 ANOS,
FAZ HOJE, DIA 30 DE MAIO DE 2010.
VER AQUI: http://cavaleirosdonorte.blogspot.com/2009/04/partida-e-chegada-angola.html
CHEGADA A ANGOLA, HÁ 36 ANOS,
FAZ HOJE, DIA 30 DE MAIO DE 2010.
VER AQUI: http://cavaleirosdonorte.blogspot.com/2009/04/partida-e-chegada-angola.html
1 comentário:
Para que então fique claro, esta “missão de bem” deve ser entendida num contexto militar e não num contexto civil ou político, como é óbvio.
Tal expressão foi por mim parafraseada nas palavras que dirigi aos Cavaleiros do Norte em Ferreira do Zêzere/2010. Assim, devo repetir essas minhas palavras textuais: “Fomos numa missão de bem como disse o nosso querido amigo alferes José Alberto Alegria, que hoje não está aqui presente”. ( só que o alferes Alegria escreveu no Blogue “causa de bem”, mas penso que tudo está muito próximo).
De facto, nunca ninguém nos disse que nós íamos para Angola (neste caso Quitexe) para “matar ou esfolar”, mas antes enquadrados militarmente, com vista a manter a segurança das populações nativas e até, quando possível, promover o seu desenvolvimento e outros afins.
Claro que estivemos colocados em situações de risco e de uma vida por vezes muito dura que rondava o sacrifício de muitas coisas. - Pelo resultado da missão, bom ou menos bom, não somos responsáveis.
Intuito político todos sabemos que existia mas, enquanto militares, colocámos acima de tudo,os valores do serviço, da honra, da camaradagem, da lealdade e de tantas outras virtudes, próprias da vida militar e que muito dignificam a pessoa humana.
Finalmente, a satisfação do dever cumprido.
É neste contexto que se cimentam amizades, e neste caso bem patenteadas não só nos encontros/convívios dos Cavaleiros do Norte, mas também porque frutificaram com bons amigos que se fizeram.
Em 5 de Junho de 2010
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