As forças mistas que, está por agora a fazer 35 anos, se incrementavam em Carmona eram olhadas com desdém na capital do Uíge. Já por aqui o dissemos e refrescámos a memória ao ver a foto deste post, naquele cruzamento do Hotel Apolo - na rua do Comércio.
Havia por ali perto um bar muito frequentado pela tropa - suponho que o Chave de Ouro... . e numa noite das patrulhas das tropas mistas, alguém dos movimentos (não me recordo qual...) tentou reagir a tiro, a uma «bocas» que foram mandadas da parte de fora do bar. Por civis. As ditas «bocas» eram muito frequentes, eram hostis à tropa portuguesa, mas não eram menos para os militares dos movimentos que integravam as forças mistas. Agora, um elemento das ditas forças mistas apontar uma arma a civis, bom... o momento teve muito dramatismo.
Pegou o Almeida, muito atento, no cano da espingarda do militar africano e encostou-se a este o bom do Marcos, sempre muito ágil nas suas reacções ao perigo. Foram momentos muito tensos, de transpiração fria, de coração a saltar. Houve medos comungados pelos militares europeus e «branqueou-se» o africano que se aprontava a disparar e quase foi esbofeteado por um dos ses «chefes». Não sei o que aconteceria se houvesse disparo! Ou se a agressão entre africanos fosse levada à prática. Imaginem-se as consequências de um tiroteio num quadro destes.
O grupo regressou imediatamente ao BC12, o africano que quis disparar ficou detido na prisão do Posto da Guarda da porta d´armas e ao outro dia foi entregue ao movimento a que pertencia - sem que alguma vez mais soubessemos dele.
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