A evolução da situação militar em Carmona degradou-se dia após dia de Maio. Sucediam-se os pequenos/grandes incidentes, o que levou os comandos portugueses (na altura reduzidos ao BCAV. 8423 e um ou outras companhias independentes) a fazer concentrar forças na cidade.
«Manteve-se permanentemente o patrulhamento nos centros urbanos e nos itinerários, especialmente em Carmona, considerada a área mais fulcral do distrito», pode ler-se no Livro da Unidade. Controlar itinerários, bem se entendia - pois eram posições estratégicas por cujo controlo lutavam, de armas em riste, os militantes armados de FNLA e MPLA. E quantas escaramuças se sucediam, nem sempre com a melhor paciência e tolerância para resolver!!!
As forças armadas portuguesas era solicitadas para tudo e mais alguma coisa e a guarnição era curta para as encomendas. Era-lhe exigido tudo, sem pessoal e sem contrapartidas. Estes 35 anos depois permitem-nos uma avaliação serena: as forças armadas portuguesas fizeram milagres para manterem a ordem, a segurança e as vidas!
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