Furriel Viegas nos últimos dias da messe de sargentos do Bairro Montanha Pinto (em cima). Em baixo: furriéis Mosteias, Viegas, Bento, Cruz e Pires na varanda do bloco ao lado do BC12 (Julho de 1975) nas vésperas da partida para Luanda
A 23 de Julho de 1975 reuniram os comandos do BCAV. 8423 com elementos do Quartel General da Região Militar de Angola (QG/RMA), para preparar a saída de Carmona para Luanda. Não sei, obviamente, o que se falou, mas os obstáculos criados nas duas anteriores tentativas de saída seguramente estiveram na mesa.
O clima de crispação com a FNLA fragilizava qualquer clima de confiança. E a Companhia de Forças Integradas, entretanto instalada no aquartelamento da DGS, também pouco ou nada colaborava no sentido de as coisas evoluírem mas civilizada e pacificamente. Assumia, aliás, posições pouco amistosas - até provocadoras!!!... - relativamente às Forças Armadas Portuguesas.
Tínhamos contra nós a inamizade das forças que seriam a nova autoridade militar local e o desdém da população europeia. Esta, cada vez mais fragilizada, por consequência das ostensivas provocações e ameaças dos futuros novos senhores. Dramas que, 35 anos depois, se recordam sem entrar em pormenores! Para não fazer juízos de valor. Para não recordar sofrimentos alheios - que nós vivemos de forma diferente.
«Vamos embora a 3 de Agosto», contou-nos o alferes Garcia. «Vamos ficar no Grafanil para aí um mês e logo a seguir para Portugal».
Por esta altura, em data que não consigo recordar, abandonámos a messe do bairro Montanha Pinto e fomos para um bloco residencial militar, a uns 100 metros - entre o quartel e a cidade. Foi um passo para a desejada viagem para Luanda!
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