A província do Uíge era principalmente «ocupada» pelo ELNA (Exército de Libertação Nacional de Angola), a força armada da FNLA - que ficou praticamente só, após a «expulsão» das FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola), do MPLA, em Junho de 1975. Da UNITA e das suas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA) pouco se ouvia falar pelas bandas de Carmona - embora lá viessem a integrar as Forças Militares Mistas - que seriam o futuro Exército Angolano.
O ELNA terá chegado a ter 20 000 homens armados, em partes diversas do território. Ao tempo da nossa passagem por Angola, tinha uma uma orgânica militar que passava pelas chamadas Frentes (as antigas regiões militares), por sua vez divididas em Zonas (em vez de Sectores) e estas em quartéis (as anteriores guarnições). Cada quartel correspondia a um batalhão - por sua vez dividido em Comando, Companhia de Comando e Serviços (a nossa CCS), duas companhias operacionais, polícia militar e paiol.
Ao norte, por onde jornadeou o BCAV. 8423, bem se pode ver no mapa (pela cor rosa) que era onde se localizavam as suas principais actividades - apoiadas a partir das bases instaladas no Congo e no Zaire. Dispunha de bom armamento, em quantidade e qualidade, de origem russa.As setas indicam as suas habituais linhas de infiltração. Bem se pode dizer, pois, que os Cavaleiros do Norte estavam bem rodeados. A zona norte foi sempre, aliás, a mais perigosa, desde 1961 a 1975. Com FNLA e MPLA, em proporções e fases diferentes..
- Mapa: Livro "Guerra Colonial», de Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes. As indicações do mapa referem-se às forças dos três movimentos.
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