Vista aérea do Quitexe (meados dos anos 60 do século passado). A capela em primeiro plano
A 1 de Julho de 1975, um grupo de combate da 3ª. CCAV. iniciou a rotação do BCAV. 8423 do Quitexe para Carmona. Que se completaria no dia 8. Foi o abandono definitivo, pela tropa portuguesa, da para nós histórica e mítica vila - onde os companheiros de Santa Isabel estavam desde Dezembro de 1974 e que a CCS deixara a 2 de Março de 1975.
O Quitexe ficou na alma de todos nós!
Viemos a saber pormenores de alguns (muitos) problemas por lá passados, desde a saída de CCS e que os comandados do capitão José Paulo Fernandes foram torneando sem desfalecimento, hostilizados pela população europeia e «atacados» pelas forças da FNLA - que acusavam as Forças Armadas Portuguesas de não neutralidade.
A instabilidade, aos primeiros dias de Julho de 1975, era permanente em toda a província e todo o dispositivo militar do Uíge foi reequacionado e principalmente concentrado em Carmona e Negage - onde estava instalada a base aérea. Esta, já em Junho, fôra reforçada com a desactivação do aquartelamento de Sanza Pombo.
A guarnição do BCAV. 8423 cada vez mais suspirava pelo regresso a Portugal. Sentia-se numa encruzilhada sem saída: hostilizada pela população civil e tendencialmente desacreditada e ameaçada pela FNLA - que sofrera pesadas derrotas militares em Luanda, Salazar e Malange e tinha em Carmona a sua grande capital estratégica. E a tropa portuguesa era-lhe um estorvo. Um outro «inimigo», agora urbano! Se bem que, por terras uígenses, não se tenham dúvidas que foi absolutamente neutral.
1 comentário:
"onde os companheiros de Zalala"
onde se lê Zalala, deve ler-se Santa Isabel.
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