Samba Cajú, em 2006, foto de Jorge Cruz. Por aqui passou e estacionou
a coluna militar do BCAV. 8423, de 4 para 5 de Agosto de 1975
As dificuldades vividas no Negage «esgotaram os nervos» da coluna saída de Carmona para Luanda. Mas, cito o Livro da Unidade, «estavam vencidas das primeiras dificuldades».
A coluna, já reorganizada e agora com cerca de 700 viaturas - entre militares e civis!... - arrancou da cidade às 18 horas de 4 de Agosto de 1975 e, uma hora depois,«sem problemas», passou o controlo de Camabatela - onde «recebeu» mais dezenas, talvez centenas de civis.
«Foi o renascer da esperança para essa gente, foi o acreditar na missão das NT», lê-se no Livro da Unidade, em referência aos civis «colados» à coluna militar.
Tiros, ameaças, deflagrar de bombas, mais perto ou mais distantemente da coluna militar, foi «hábito» de ouvir que rapidamente se criou, entre todos - militares e civis. Às 20,30 horas desse mesmo dia 4 de Agosto de 1975, estacionaram em Samba Cajú, para pernoitar, refazer estratégias, reparar viaturas, comer e descansar - sempre de vigilância atenta, pois não era bem-vinda a sua passagem, quer pela FNLA quer pelo MPLA.
O pelotão-auto da CCS, que na sua quase totalidade integrou a coluna, tinha a responsabilidade quanto aos combustíveis e operacionalidade das viaturas e aqui se apostou e ganhou na competência do alferes Cruz e dos seus homens.
«Era decisivo que não faltassem combustíveis e lubrificantes às viaturas militares mas havia também que socorrer as viaturas civis fretadas pelas nossas tropas e todas aquelas civis ligeiras e pesadas que nos acompanhavam», recordou, agora, o então alferes Cruz, que pouco descansou nesses dois dias e meio de viagem e debaixo do Land Rover que lhe serviu de transporte.
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