Vista nocturna da baía de Luanda
Os dias de Carmona ficaram para trás e lá fui eu e o Cruz, de Nordatlas, em voo de Carmona para Luanda - onde chegámos a um fim de tarde de domingo de Páscoa de 1975 - era dia 30 de Março. Levávamos programa feito, com viagens que nos levariam ao sul - eu querendo surpreender familiares e amigos em Nova Lisboa, ele em Benguela. E eu ainda no Lobito, por onde, em quartel de praia, fazia tropa o Zé Pimenta - de Macinhata do Vouga e meu companheiro de escola comercial.
Os dias de Luanda, antes da partida para o sul, foram um tempo imensamente vivido, laureando o queijo entre o Mussúlo, a ilha e a restinga, a baixa de Luanda, umas valentes cervejolas e saborosos e picantes mariscos, matando a nossa gulodice pela Portugália, a Mutamba, a Paris Versailles, o Pólo Norte e o Amazonas, o(s) Floresta(s), etc., etc., etc. E umas idas ao 8, ao 23 e ao 24! Luanda fervilhava, havia já muitos incidentes militares, e nós por lá quase levianamente andávamos na vadiagem, galgando noites atrás de noites pelos bares americanos e sítios cheios de desejos soltos! Ou por esplanadas, restaurantes e bares, dando satisfação aos outros desejos e fomes, as do estômago!
Noto o meu telefonema para Óis, em 2ª. feira de Páscoa - que era dia de visita pascal na mimha aldeia - querendo achar minha mãe. Ao tempo telefonar era uma autêntica epopeia mas lá consegui ligar para a vizinha Celeste. Com azar: minha mãe tinha saído, para casa da familiares. Não falei com ela.
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