quinta-feira, 14 de abril de 2011

Cavaleiros do Norte reforçados com Caçadores do 5015


Avenida Portugal, em Carmona (em cima) e guião do BACÇ. 5015 (em baixo) 


A 13 de Abril de 1975, andava eu por terras do Huambo, laureando-me em férias com o Cruz, e por Carmona as coisas conflituavam-se. Os incidentes que se multiplicavam por Luanda e Salazar chegaram em resssaca à capital do Uíge e neste dia 13, que não era 6ª.-feira de azar, mas um domingo, a FNLA e o MPLA puseram-se a fazer contas de arma em riste e a disparar para cima de tudo o que se mexesse e lhe cheirasse a inimigo. E os inimigos eram eles próprios, angolanos contra angolanos.
Interveio a tropa, para fazer parar uma acção de fogo entre militantes armados dos dois movimentos e as coisas serenaram. Mas, para o desse e viesse - e por causa dos patrulhamentos mistos que então já se faziam e tantos arrepios nos pregaram... - entendeu o comando da ZMN reforçar temporariamente a guarnição do BCAV. 8423. Assim, a 14 de Abril de 1975 - hoje se completam 36 anos!!! - chegou ao BC12 um grupo de combate do Batalhão de Caçadores 5015. A 16, um outro, da 3ª. CCAV. 8423, a que estava no Quitexe e já antes jornadeara por Santa Isabel.

Outra razão operacional se juntara, por esta altura, ao serviço dos Cavaleiros do Norte: os patrulhamentos de longo curso, protegendo o tráfego rodoviário da estrada do café (para Luanda) e para o Songo e Negage - onde se localizava a base aérea.  A actividade era intensa e levedavam preocupações aos comandos militares portugueses. Não se podia evitar «apagar estes fogos» reais (e mortais, em muitos casos) e, ao mesmo tempo, fazer patrulhamentos e garantir a segurança pública de Carmona. Porque a guarnição era curta.
«Não se podia deixar a cidade inactiva», lê-se no Livro da Unidade. Mesmo assim, lá se ia consegindo «alguma situação de calma fictícia é certo», mas, como sublinha o LU, uma calma que permitia «um dia a dia mais ou menos estável». 
- ZMN. Zona Militar Norte.
- BCAÇ 5015. Batalhão de Caçadores 5015. Tinha CCS na Damba e aquartelamentos no Chimacombo (1ª. Companhia), Mucaba (2ª.) e Quivuenga e Cachalondo (3ª.). Por esta altura, ja parte do batalhão estava em Luanda, no Grafanil, para regressar a Portugal.

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