Aeródromo Base n 3. (em cima) e quartel do Negage (em baixo)
A situação de calma, fictícia, como aqui já se falou, que se vivia no Uíge angolano foi de novo quebrada a 20 de Abril de 1975, hoje se fazem 36 anos. No Negage, cidade que distava 37 quilómetros de Carmona e onde se localizava o Aeródromo Base nº. 3 e (se me lembro bem) um hospital militar.
A guarnição do Batalhão de Caçadores 4741, ali estacionada, estava sob tutela operacional do BCAV. 8423 desde 17 de Março e os incidentes entre MPLA e FNLA de faz hoje 36 anos implicaram pronta intervenção das nossas tropas - que a todo o custo, como sempre, queriam evitar derramamento de sangue e, necessariamente, proteger a população civil.
A situação, ao que leio no Livro da Unidade, obrigou à realização de uma reunião de emergência com a FNLA - que era a força militar dominante na região -, de modo a «obter uma mentalização do que deverá ser a missão das NT e dos Exércitos de Libertação, neste período que decorrer até à independência».
Mais para o sul, eu e o Cruz, vivíamos uma experiência inesquecível: viajar no caminho de ferro de Benguela, de Nova Lisboa até ao Lobito. Por lá tinha o Cruz família e eu, aos meus costumes, ia fazer uma surpresa a um meu amigo, ao Zé Pimenta - companheiro de escola (em Águeda) e furriel «Ranger» do curso imediatamente a seguir ao meu, de 1973, em Lamego. Assim foi.
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