quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Destacamento da Ponte do Dange


Ponte do Dange, onde a 1ª. CCAV. 8423 teve
um Destacamento, em 1974 e 1975


A 1ª. CCAV. 8423. a de Zalala, rodou para Vista Alegre a 22 e Novembro de 1974 e, por consequência, ocupou o Destacamento da Ponte do Dange - precisamente para fazer segurança à ponte - que era vital na estrada do café, ligando Carmona a Luanda.
Vista Alegre, relativamente a Zalala, tinha muito melhores condições. Era já uma vila, embora pequena, com estrada de alcatrão em frente ao quartel - a tal estrada do café...
«Eu já não digo «aquartelamento”, porque a diferença de qualidade das instalações era muito significativa, por isso sendo grande o nosso alívio em poder deixar de combater, entre ”outros inimigos”, a anterior picada de Zalala», recorda-me o Rodrigues, que era furriel atirador e fazia de vagomestre.
Os tropas de Zalala conheciam a picada como a palma das mãos, todos os seus declives, a lama e o pó, os buracos, as curvas e os mil perigos, aos quais já estava mais ou menos habituados. Mesmo familiarizados. Estar em Vista Alegre era estar no... paraíso.
O sempre bem-humorado Barata comentava, com graça e até farta ironia, que «isto, sim, é uma vila; tem quatro casas e uma “oliveira“ a marcar o centro».
A verdade é que, em Vista Alegre, já dava para sair do quartel e beber uma cerveja num dos estabelecimentos que vendiam de tudo, desde medicamentos a peixe seco, pregos, ferramentas, farinha, a cerveja e um indeterminável número de artigos.
O mesmo não se pode dizer do Destacamento da Ponte do Dange, que não deixava nada a dever às condições de Zalada, em termos logísticos.
«Eram iguais ou para pior...», recorda o Rodrigues.
Como se vê nos postes eléctricos (da foto), dava a impressão de quem lá esteve anteriormente só queria que não tombassem no tempo deles, utilizando escoras de “engenharia militar”. Era desenrascar quanto se podia.
- BARATA. Jorge António Eanes Barata, furriel miliciano atirador de cavalaria, residente em Alcains.
Ver AQUI.

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu estive nesse local.
Manuel Pinto