Campo Militar de Santa Margarida (sublinhada a vermelho) e
área de S. Miguel de Rio Torto e Mata do Soares
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A 10 de Maio de 1974, ficou concluída a Instrução de Aperfeiçoamento Operacional (IAO) que os futuros Cavaleiros do Norte fizeram pelas redondezas de Santa Margarida e nomeadamente pela chamada Mata do Soares.
Já aqui chamámos algumas histórias, as que a memória lembrou, mas muitas outras se terão passado - principalmente entre os companheiros das três companhias operacionais, que no IAO mais sofreram que os CCS´s, que por lá faziam de IN.
Ocorre-me uma, por estes dias passadas comigo e que teve a ver com uma brutal dor de cabeça que me enfermou. Coisa de impacto físico brutal e estranha a um fulano da minha idade e constituição física, mas que me levou à enfermaria do aquartelamento, o RC4.
Lá fui eu, em boleia militar, e por lá esperei vez de ser «aviado» pelo médico de serviço, que me fez algumas perguntas e me mandou esperar fora da sala que servia de consultório. E por ali fiquei bons pares de minutos, até que um enfermeiro me chamou e mandou deitar numa maca. para me massajar.
«Massajar-me?!...», interroguei-o eu, de espanto.
Pois não é fulao? Que sim, era eu.
«Então, deite-se e puxe as calças para baixo...», disse o enfermeiro, imperativo e com umas bisnagas na mão.
«Há engano, homem.... eu queixo-me é de dores de cabeça», disse-lhe eu. E doíam-me bem, a martelarem-me de tal fprma, que tinha necessidade de comprimir as têmporas. «Doi-me é a cabeça....», insisti eu.
O enfermeiro é que não me ouviu e lá me massajou, por ordem receitada pelo médico militar - que era homem para os seus 70 anos e de quem suspeitei ter «alguma coisinha» na cabeça.
Mas não é que as dores de cabeça desapareceram?
Ainda hoje, 37 anos depois, não entendi a maleita que de forma tão violenta me fazia doer as têmporas.
- CCS. Companhia de Comando e Serviços.
- IN. Inimigo.
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