Zalala era um lugar inóspito e isolado, carregado de problemas de toda a espécie, mas o Rodrigues, que por lá jornadeou como furriel atirador de cavalaria e depois até gestor de alimentação, vem lembrar que «comparando com os tempos de hoje, até vivíamos bem». A situação, do ponto de vista dele e tendo em contra a frota automóvel, «equivaleria a um industrial de sucesso, nos tempos actuais».
«Deixa-me brincar, mas «eram só» Mercedes», diz ele, na nota que enviou para o blogue, com a foto que se vê acima.
A primeira Mercedes, à esquerda, andava sempre carregado de sacos de areia, tipo rebenta-minas. E já tinha rebentado muitas, segundo relatos dos companheiros da CCAC. 3534, que os Cavaleiros do Norte de Zalala substituíram.
As mazelas eram vem visíveis e a «desgraçada» fazia a picada de Zalada ao Quitexe muitas vezes em 8, 9 ou mais horas, na altura das chuvas.
«A parte da frente ia na direita da picada e a traseira na esquerda e, por isso, ficava no Quitexe, porque precisava duma estrada só para ela, não tinha o prazer de andar no alcatrão», comenta o Rodrigues.
A versão dos mecânicos falava do chassis empenado e, por isso, não havia nada a fazer. Os gasolinas eram mais rápidos e em terreno mais ou menos plano tinham bom andamento e superavam alguns obstáculos. Os unimogs (”burros do mato”) nem tanto, porque entravam em tudo o que era buracos e principalmente no meio do capim, quando batiam em obstáculos que não se viam ou venciam.
«Quando havia colisão, ninguém se segurava e o pessoal voava para fora da viatura, mas tinham um guincho, que muitas vezes foi crucial para vencer obstáculos e repor outras viaturas na colunas», lembra o Rodrigues, com «um grande abraço aos mecânicos que cuidavam destas máquinas
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