quinta-feira, 7 de maio de 2009

O desejo de voltar ao Quitexe...

Estrada que liga a avenida à rua principal do Quitexe, em foto tirada
da frente da secretaria da CCS. Alguém se esqueceu do
que era ali esta casa à esquerda, meia avermelhada?
Ali comi eu camarão, pela primeira vez na minha vida!

Há ecos que nos chegam e comovem, sobre estas histórias e estórias que aqui se vão contando, do tempo em que, pouco mais que teenaggers, nos amadurecemos em terras africanas de Angola.

Não as dividiremos, por razões de natural constrangimento, mas quero dizer que é realmente emocionante o número de contactos que se tem estabelecido a partir desta tribuna global. Até de gente que foi de outras «guerras». De outros batalhões!
Um, de qualquer modo, vou falá-lo: o desejo de voltar ao Quitexe. Diz o (ex-furriel de transmissões) José Pires, de Bragança: «Vai pensando para daqui a algum tempo organizarmos uma viagem áquelas paragens e assim recordaremos melhor aqueles tempos (...) .Temos mesmo que ir lá. Espero que haja muita gente a aderir».
A ideia já eu também a comungo há alguns anos. Vou este, vou no próximo, a verdade é que ainda não fui e quero ir. O Neto pensa o mesmo, ainda ontem falámos nisso - ao almoço que nos fez desfiar memórias e saudades do nosso tempo angolano. O mesmo pensa o Cruz, sei eu; e aposto que o Machado e o Dias não se vão pôr de fora. E o Monteiro!! E outros, outros, outros... Quem sabe: um dia destes estaremos pelo Quitexe, sentindo o calor de África, os cheiros da terra e dos frutos, tudo aquilo que ainda nos parece mágico!

2 comentários:

MELO disse...

Gostaria de saber quando vão e quanto custará a viagem, eu também gostava de ir.
Melo

Luis Patriarca disse...

Meu caro ex-combatente. Também estive no Quitexe entre 1967/69 incorporado no Bat.Cav.1917 como segundo sargento miliciano. Fiz parte da companhia 1707 que esteve inicialmente baseada na fazenda Liberato tendo mais tarde ido para a Aldeia Viçosa passando a acumular as operações militares com a proteção às colunas civis desde a Aldeia Viçosa ao Piri e volta. Por esta razão passei muitas vezes por aquela ponte do Rio Dange. È um sonho voltar a ver aquelas terras e este assunto tem sido falado nos nossos convívios mas sem nenhuma conclusão.
luispatriarca@sapo.pt