terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A saída do Pelotão de Morteiros e a independência d´Angola



A 4 de Janeiro de 1975, completou-se a rotação do Pelotão de Morteiros 4281 para Carmona - que começara a 20 de Dezembro anterior.
O pelotão, recordemos, era comandado pelo alferes Leite e foi companheiro dos Cavaleiros do Norte desde a nossa chegada, em Junho de 1974. «Morava» ao lado da messe bar de sargentos e a guarnição quitexana começava, assim, o processo de esvaziamento - no âmbito da mutação do dispositivo militar do Comando de Sector do Uíge.
A Cimeira de Mombaça, no Quénia, de 3 a 5 de Janeiro desse agora distante 1975, estabelecera um acordo entre a FNLA, o MPLA e a UNITA - reconciliando os movimentos angolanos e abrindo  perspectivas favoráveis ao encontro que se iria realizar no Alvor (Algarve) com o Governo português.
Estas questões, pelo Quitexe, passavam-nos à margem e deles pouco sabíamos para além do que se lia no jornal A Província de Angola, ou na Emissora Oficial de Angola. Ou da imprensa que nos  chegava da Europa. Não muita e, ao que sabemos hoje, muito pouco rigorosa.
A saída do Pelotão de Morteiros 4281, entretanto, era um sinal evidente do caminho que nos levaria a Carmona e a Portugal. Vão eles hoje, amanhã iremos nós! Era a nossa esperança, há 35 anos. E isso é que importava.
- LEITE. João Leite, alferes miliciano, natural dos Açores e residente em S. Francisco, na Califórnia (Estados Unidos).
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