sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O jantar de anos com marisco de há 35 anos...

Neto e Viegas, dois aguedenses que foram Cavaleiros
do Norte, no Quitexe, em 1974 e 1975)


Vejam lá como são estas coisas: encontrei hoje o Neto, à hora do almoço, estava ele com amigos da vida empresarial dele, e com as mesas cheias, deu para ficar na que ficava ao lado da dele, ia eu com dois amigos meus, das Finanças. «É pá, fez ontem 35 anos que comemos camarão no Rocha!», disse-lhe eu.
O Neto pôs-se a rir e intrigados ficaram os três companheiros dele, com quem já começava a refeiçoar. «Mas quem será este cromo?», deverão ter-se eles interrogado.
«Então?!...», olhou-me o Neto, a perguntar-me o que se tinha passado.
Lá lhe contei a história dos anos da senhora minha mãe e que nesse dia de 1975, dia 20 de Janeiro, fiz muita questão que fôssemos jantar ao Rocha - um restaurante muito frequentado por militares e que fica(va) ao lado direito da entrada do Quitexe, para quem vai de Luanda para Carmona. E jantámos bem, com entradas de camarão.
As nossas mães, de condição diferente, encontravam-se ao sábado na praça de Águeda - onde a minha vendia os seus produtos hortícolas, para guarnecer a sua magra economia doméstica, e a dele fazia compras. Lá trocavam informações sobre nós: «Então, o seu filho escreveu, como é que ele está e não está, blá, blá,. blá...».
O almoço lá se passou e com horas já apertadas para o trabalho - pois todos trabalhamos... - lá veio a peregrina ideia de se beber uma taça de espumante em honra da senhora minha mãe. Espumante do bruto!!! Do bom! E lá veio uma, lá vieram duas garrafas! E sobrou alguma coisinha no fundo? Era o sobravas. Foi todinho, em honra do jantar de fez ontem 35 anos. Como tempo voa, meus amigos... 

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