segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A saída para a cidade de Carmona...



Entrada da vila do Quitexe, em 2004 (net), na estrada
do café, do lado de Carmona (Uíge)


Reuniões foi coisa que  não faltou no Janeiro de 1975 da nossa jornada de África. Reuniões do comando com o Comando de Sector, em Carmona. E nas duas companhias destacadas: a 2ª. CCAV., do capitão José Manuel Cruz, em Aldeia Viçosa; a 1ª. CCAV., do capitão Castro Dias, em Vista Alegre.
A 3 do mês, hoje se fazem 35 anos, por exemplo, foi no Comando de Sector e lá foi o TC Almeida e Brito. E delas se esperava sempre a «novidade» da nossa ida para Carmona.
Murmurava-se muito, realmente, por este tempo e entre a guarnição, fermentando o desejo de passar para a cidade capital do Uíge, daqui para Luanda e, depois, ó ventura das venturas, para Lisboa e para casa.  Num «desenfianço» a Carmona, foi-me sussurrado por um oficial amigo  (primo dos Resendes), que não estaria demorada a  mudança, mas que convinha não falar muito nisso. Havia «muitos acertos a fazer...».
Assim fiz! Mas num desses dias, achando-me de conversa com o alferes Garcia, isso mesmo lhe perguntei  - sem que ele adiantasse grandes pormenores.
«Ficas a saber que estou informado!! Estamos por semanas...», disse-lhe eu, em ar de brincadeira, embora muito seguro da informação, mas sem denunciar a fonte.
«Sabes mais que eu?!!!...», interrogou-me ele, desconfiado, e «avisando-me» para «ter tento na língua», por, como me exclamou, «razões de segurança».
Assim fiz e apenas com o Neto «dividi» a informação. «Deve ser lá para os fins de Fevereiro..», disse-lhe eu. Seria a 2 de Março de 1975.

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