segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O espectáculo do MFA na cidade de Carmona



A 21 de Janeiro de 1975 realizou-se em Carmoma, no pavilhão do Clube Recreativo do Uíge (foto), um espectáculo cultural organizado pelo MFA e destinado aos  militares de todas as unidades do Comando do Sector. E lá esteve gente do Batalhão de Cavalaria 8423.
A memória confunde-me: não estou certo que no espectáculo tenham participado militares do batalhão ao tempo ainda sedeado no Quitexe (os Cavaleiros do Norte) - sendo seguro que, neste ou outro, houve participação de vários. E também se me escapa a segurança para dizer que um dos participantes mais activos era o então capitão miliciano José Paulo Fernandes, comandante da 3ª. Companhia. Arrisco a dizer que tocava viola e formou um grupo musical que entusiasmou, literalmente, toda a assistência militar e, muito em particular a comunidade civil que assistia também. Alguém pode confirmar, ou esclarecer isto?
A acção psicológica, como se vê, ultrapassava as fronteiras dos quarteis e assumia-se como meio de aproximação entre as forças armadas e os civis. Nesse sentido, e já com o BCAV. 8423 em Carmona, se realizaram torneios desportivos neste pavilhão. E ficou por realizar, o sarau cultural e recreativo que estava marcado para 31 de Maio - o sábado que foi véspera dos incidentes que encheram a cidade de fogo e sangue.  

1 comentário:

Tomás disse...

Neste edificio aconteceu um torneio de basquetebol em que a grande estrela foi o Silva radiomontador. Embora pouco me lembre de certos parametros, está ainda bem vivo na minha memória um dos jogos a que assisti. Um grande espetáculo de basquetebol, não admira o Silva jogava no Vilar de Andorinho... A dáda altura o pavilhão em peso gritava CCS CCS. Creio que nessa altura quem ganhou esse torneio foi mesmo a CCS. Quando saímos vinhamos com a moral bem alta. "Somos os melhores, vamos ganhar isto". Não posso garantir se ganhamos ou não já lá vão muitos anos, nem o Silva consegue recordar. A memória vai-se apagando. Mas que foram bons momentos vividos disso não à duvida.