TC Almeida e Brito, comandante do BCASV. 8423
A necessidade de contactos operacionais levou a que o comandante dos BCAV. 8423 (foto) se deslocasse ao Comando de Sector do Uíge, em Carmona, várias vezes ao longo do mês de Janeiro de 1975 - há 35 anos. Por exemplo, nos dias 3, 7 e 28.
A guarnição, como por aqui já foi dito, murmurava a iminente e desejada transferência para o aquartelamento do Batalhão de Cavalaria 12 (BC12), naquela cidade - onde já estava instalado o Pelotão de Morteiros comandado pelo Alferes Leite. A mudança era, à boca fechada, dada como certa e disso iria ele tratar.
Muitos de nós, por esse tempo e o mais que podíamos, lá nos «desenfiávamos» para Carmona, procurando os prazeres dos bons bares, restaurantes, cinemas e outros «filmes» que a cidade e a noite favoreciam.
Num destes dias, galgávamos alguns nós os quilómetros que nos levavam do Quitexe a Carmona, «desenfiados» num final de tarde, quando se cruzou connosco a viatura que, de regresso à vila, transportava o comandante. Que susto! Caiu-nos tudo aos pés!
«Estamos tramados...», concluímos.
É que não tínhamos dúvidas de termos sido reconhecidos, apesar de trajarmos à civil. Íamos ao cinema - ao Cine Moreno (foto) -, mas já não sei se vimos bem o filme! O filme, estávamos nós a «vivê-lo», afinal e como actores, mas no papel de «maus da fita» e com o cutelo pendurado sobre o pescoço.
Ao outro dia, descontraídamente e com sorriso irónico, sei lá se não complacente e a bater com o pingalim na perna direita, acenando com a cabeça num movimento cima-abaixo, perguntou Almeida e Brito: «Então, a noite correu bem?!...».
É evidente que ele conhecia a nossa infracção. E bem! Mas não fez, como não fazia muitas vezes, uso das normas que, nas mais das vezes, puniam mas não ensinavam!
É evidente que ele conhecia a nossa infracção. E bem! Mas não fez, como não fazia muitas vezes, uso das normas que, nas mais das vezes, puniam mas não ensinavam!
1 comentário:
Foi aí que eu vi o "Último tango em paris..."
Santos
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