sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A noite de passagem de ano da 1974 para 1975

Noite de passagen de ano no Quitexe de 1974 para 1975. Em cima, da esquerda
para a direita, os furriéis Bento, Rocha, Viegas, Flora, Lopes, Capitão e
Ribeiro. Em baixo, Carvalho, Belo, Grenha Lopes e Reino.

A passagem de ano de 1974 para 1975, lá porque eu estava de serviço, não me inibiu de a festejar à... maneira!!! As formalidades de sargento de dia, com as habituais formaturas e rancho melhorado ao almoço e jantar, passaram-se e viveram-se serenamente, na paz dos anjos!

Por mim, combinado com o Neto e suportanto ambos os custos, tínhamos arranjado umas grades de cerveja no Grácio e, postas no frio da cozinha, foram para o PELREC. Fresquinhas, ao almoço e ao jantar. E, nessa noite, «exigimos» do capitão Oliveira (comandante da CCS) que cumprisse as NEP que sempre nos atirava à cara. Na prática, teve de nos arranjar bagaço e as minudências a que tinha direito o pessoal de reforço, nos postos de sentinela, durante a noite, e que distribuímos nas rondas. Já o mesmo tinha acontecido na noite de Natal, então a «benesse» entendida como por ser nessa noite especial. Bem sabemos que o capitão comandante da CCS não gostou nada da história, mas lá teve de ser. Tanto nos ameaçava com as NEP, que teve de as... cumprir!

O meu dia passei-o assim, entre a parada, o quarto e o bar de sargentos. Já por lá estava aquartelada a 3ª. CCAV (Santa Isabel) e não faltava gente para um bom par de conversas. O ritual de correspondência foi cumprido: era quase sempre depois do almoço, a hora da escrita; era a da leitura antes do jantar, quando chegava o Correio, de Carmona...

A foto dessa noite mostra um grupo naturalmente bem disposto, aquartelando as suas saudades da terra, mas naufragando-as em bebidas bem bebidas pela noite adentro. Dessa noite e sem conseguir recordar o nome, lembro-me de encontrar, perto do Topete, um soldado já bem entrado e a cair das pernas. Coisa que imediatamente teria de ser «remediada», pois a tropa não podia andar a fazer aquelas (tristes) figuras na rua. Foi o António, soldado do PELREC e meu companheiro nessa noite de rondas, quem o carrregou às costas, para a caserna.

O 1975 nasceu comigo a conversar, na frente da messe de oficiais - quero crer que com o alferes Pedrosa, nesse dia/noite de oficial de dia. Era da 3ª. CCAV., a de Santa Isabel. Logo a seguir, tínhamos de ir ligar o gerador. A noite foi calmíssima.

- NEP: Normas de Execução Permanente.

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