quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Assim se vão reencontrando os Cavaleiros do Norte




Achei o Fonseca na manhã de domingo. Ao telefone. O Fonseca, já aqui falei várias vezes dele, era furriel miliciano amanuense. Bom tipo, culto e senhor do seu nariz. Na 2ª. feira, falei com o capitão Cruz, o comandante da 2ª. Companhia de Cavalaria - a de Aldeia Viçosa (foto a cores).
Também já aqui foi feita memória da sua valentia e coragem, nomeadamente no decorrer dos graves incidentes da cidade de Carmona, em Junho de 1975 - o que lhe valeu louvor do Comando do Batalhão.
O Fonseca não se lembrava - pudera!... - dos 200$00 que há precisamente 35 anos emprestou ao Monteiro, quando ambos chegaram a Lisboa, de férias. «Nunca mais o vi, nunca lhe paguei...», recordou o Monteiro, com graça, durante o Encontro de Cavaleiros do Norte/Quitexe, a 12 de Setembro de 2009.
«Não me lembro de nada disso...», brinc(alh)ou o Fonseca, na nossa conversa de domingo. Dias antes, ligara-me ele para casa, sem me encontrar. Disse a minha mulher o meu nome completo (o que não é fácil...). «É fulano assim, assim?!», interrogou ele, soletrar o nome. Completíssimo.
Assim se vai reconstituindo o garboso Batalhão de Cavalaria 8423, com a paixão e o gosto dos vivos, na saudade dos que já partiram.

2 comentários:

Tomás disse...

Fonseca, sê bem vindo. Falavamos muitas vezes e lembro-me perfeitamente das tuas intenções, mas nunca pensei que tal viesse a acontecer. Pela foto pode ver-se que fumavas, tal como o ex alferes Hermida, os famosos "Herminios". Espero que venhas a contar algumas das tuas "façanhas". Ficamos todos à espera.

8423 disse...

Do que me lembro do Fonseca é de que fumava muito e era muito reservado de que foi um escandalo no Quitexe ela não ter voltado das férias, ai o que eu ouvi do tenente Mora, que ele ia para o forte, que ia preso e mais não sei o quê...