O Quitexe militar encheu-se, pelo Dezembro de 1974 fora, de um boato que dava o comandante Almeida e Brito como preso em Lisboa - para onde tinha ido (vindo) de férias. De onde choveu o boato, não sei. Nem como nasceu. Mas multiplicou-se como espuma.
Havia, por isso, alguma exectativa da parte da guarnição: Vem, não vem? Volta, não volta? Quem saberia responder? Pois, ninguém. Nem nós, os militares menos graduados da guarnição, nos atrevíamos a pôr a questão dessa forma. Fosse a quem fosse!
O absurdo foi que, para surpresa minha, alguém me indiciou como autor do «boato» e por ele tive de responder ao próprio tenente-coronel Almeida e Brito, dias depois do Natal - quando me chamou ao gabinete e me pôs a questão de forma directa. Respondi-lhe à minha maneira (não vou reproduzir a conversa...) e devo ter sido convincente.
Nesse dia, por razões que levariam tempo a explicar, confirmou-se uma interessante cumplicidade entre ambos - que foi gerida de forma fidalga até ao nosso último encontro, em Setembro de 1997, em Penafiel. Para trás, estavam alguns «conflitos»: os da diferença de pontos de vista de comandante e comandado, sentindo-se este por vezes injustiçado.
A vida civil levou-nos a vários encontros: por Coimbra (onde foi 2º. comandante da Região Militar Centro), por Lisboa (2º. comandante geral da GNR) e por Évora (comandante da Região Militar Sul). E nos encontros de confraternização da CCS e do BCAV. 8423. Era um senhor!
1 comentário:
Eu bem me lembro, viegas, desse problema e da forma como se safaste dele, tinhas pinta para essas coisa... e daquela vez que houve a formatura atrás da messe de oficiais e o comandante começou a mandar vir com a companhia toda, era preciso tê-los no sítio...
JP
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