Fazenda Isabel Maria em 2009. Foto de Luís Fernando (net)
O dia 14 de Dezembro de 1974 foi o da conclusão da chegada e instalação da 3ª. Companhia no Quitexe. Oriunda da Fazenda de Santa Isabel e comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes, aí estava ela, no âmbito da mutação do dispositivo militar do BCAV. 8423.
A transferência vinha a ocorrer desde 10 de Dezembro e é bom recordar, 35 anos depois, a emoção que por esses dias se vivia no Quitexe - entre os militares. Emoção que todos rodeava, envolvia e unia, em abraços de camaradagem e sólida amizade que nos transfigurava e multiplicava a confiança no futuro próximo. A saída das companhias operacionais das suas zonas de acção, significava, para nós, a preparação do regresso a Portugal - embora ainda nos esperassem nove meses do dia do nosso regresso - que por essa altura todos sonhávamos estar muito mais próximo.
O dia 14 de Dezembro de 1974 foi o da conclusão da chegada e instalação da 3ª. Companhia no Quitexe. Oriunda da Fazenda de Santa Isabel e comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes, aí estava ela, no âmbito da mutação do dispositivo militar do BCAV. 8423.
A transferência vinha a ocorrer desde 10 de Dezembro e é bom recordar, 35 anos depois, a emoção que por esses dias se vivia no Quitexe - entre os militares. Emoção que todos rodeava, envolvia e unia, em abraços de camaradagem e sólida amizade que nos transfigurava e multiplicava a confiança no futuro próximo. A saída das companhias operacionais das suas zonas de acção, significava, para nós, a preparação do regresso a Portugal - embora ainda nos esperassem nove meses do dia do nosso regresso - que por essa altura todos sonhávamos estar muito mais próximo.
A vila já vinha a conhecer alguns combatentes, principalmente da FNLA - movimento predominante na zona do Uíge - e trocavam-se semelhanças de datas e operações. Ficámos a saber, por exemplo, que no mês de Agosto teríamos estado sob mira de um grupo, na picada para a fazenda Isabel Maria. O momento foi-nos comentado ao pormenor e, na verdade, bem sentíramos nós o «cheiro» do IN, na subida de uma picada que sempre nos atemorizava - rampeada para cima e para baixo, com zonas de onde, à pedrada, nos poderiam «abafar». O pormenor foi narrado infímamente, a ponto de nos descreverem pormenores da camisa do camuflado e da boina em vez de quico, que indevidamente um de nós usava.
Contou-nos um combatente da FNLA que o ataque só não aconteceu porque, reagindo a um qualquer «aviso», uma equipa do PELREC saltou de imediato do Unimog e os assustou com o apontar de dilagramas. Apontar para... ninguém!!! Verdade ou lenda, não teremos nunca a certeza. Mas bem «cheirámos» o perigo, nesse princípio de manhã de Agosto de um dia de 1974.
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