segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O Matos e o Letras da Companhia de Aldeia Viçosa

Aldeia Viçosa, em foto de Ivo Morgado (2007, da net). Matos (de azul)
e Letras, dois furriéis da 2ª. CCAV, 8423



Aldeia Viçosa era logo depois do Quitexe, na estrada do café, para quem ia de Carmona (Uíge) para Luanda. Por lá estava estacionada a 2ª. CCAV. 8423, sob comando do capitão miliciano José Manuel Cruz. Faz hoje 35 anos, viu regressar a guarnição da Fazenda Luísa Maria - nessa data extinto.
Por lá fazia vida de secretaria o Mário Matos, que comigo jornadeou em terras de Lamego, fazendo-se ao curso de Operações Especiais (Rangers). Uma qualquer contingência do tempo, que não lembro, levou-o a atirador de cavalaria. É o Matos de Anadia, aqui ao lado - o homem que memorizou todos os números mecanográficos de todos os militares da Companhia. Ainda hoje entraria no Guiness Book.
A 2ª. CCAV. era também a do Letras, «ranger» que se fez em Lamego e Penude, no (também meu) segundo turno de instrução de 1973. Meão de altura, mas de fibra que sobrava, o Letras não voltava costas a um perigo que lhe aparecesse pela frente e dele lembro, nas breves conversas de quando eu passava por Aldeia Viçosa (mais eu por lá, que ele pelo Quitexe), sempre me dizer que «aquilo fez-no bem...». Aquilo, era o curso de especialização, os «rangers» - que nos preparam física, mental e tecnicamente para o que nos esperaria uma comissão como a que os levou a Angola.
E do salto do pau em Penude, no último dia do curso - quando, aos olhos da família e da namorada, não quis falhar um milímetro e quase me atropelou no salto. Outros tempos, ó Letras!! Os de Setembro de 1973!
- MATOS. Mário Augusto da Silva Matos, furriel miliciano atirador de cavalaria, fucnionário administrativo, natural e residente em Anadia.
- LETRAS. António Carlos Dias Letras, furriel miliciano de Operações Especiais (Rangers). Empresário comercial, residente em Setúbal.

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