Viegas e Pires (Montijo) na sanzala do Talambanza, na saída do Quitexe para Luanda
Os militares, chegados da Europa e inebriados pelos calores d´Angola, rapidamente ganharam apetite por conhecer os hábitos dos nativos. Eu, por mim, dou-me conta de fazer registos escritos (e agora relidos) sobre as tradições negras, por exemplo nas noites de velório. Tinham hábitos estranhos, para nós, e registei alguns em fitas de gravador - que, infelizmente, se deterioram com o tempo. Já lá vão 37 anos.
Gravei e registei explicações sobre os cânticos e batucadas, bebidas e espiritualismo dos nativos - aspectos de cultura, ou de etnografia e folclore, que me entusiasmaram e acicatarm muitas curiosidades, a ponto de, sobre isso, demoradamente falar com os «mais velhos»do Talambanza e do Canzenza.
Entusiasmou-me conhecer, realmente e por dentro, as tradições populares nesta área tão sensível da vida humana, a morte! - e que eles viviam de forma estranha, para os nossos hábitos.
A imagem fotográfica deste post é de Julho de 1974, nela estando eu e o Pires - o imortal Pires do Montijo.
Outro regresso, agora ao Livro da Unidade, é para lembrar que, a 6 de Julho desse ano, o comandante Almeida e Brito, na «continuação da mentalização das populações», fez nova série de reuniões com os povos das sanzalas em redor do Quitexe. Desta feita, as povos de Aldeia e Luege. Hoje passam 37 anos!
- PIRES. Cândido Eduardo Lopes Pires, furriel miliciano sapador. Natural do Montijo e residente em Niza, onde é funcionário camarário.
- ALDEIA. Sanzala (povoação) à saída do Quitexe, na estrada (picada) para Camabatela.
- LUEGE. Idem, na estrada para Luanda.
1 comentário:
Eu;Alfredo Coelho ( buraquinho ),muitas noites passei nessas e noutras sanzalas ,admirando esse simpático povo,e admirando as suas culturas.Era muito bonito as noites das batocadas era um povo muito alegres e divertidos.A maioria das veses que passava a admirar esse povo era na sanzala do cadilongue.
Enviar um comentário