O reconhecimento de toda a ZA do Batalhão de Cavalaria 8423 continuou por Junho de 1974 adentro. A 7, por exemplo, foram visitadas a 2ª. CCAV., em Aldeia Viçosa (identificada no mapa, dentro do rectângulo a rôxo) e a fazenda Negrão - cuja localização não consigo memoriar.
Terminara, entretanto, a Operação Castiço DIH, com novo contacto com o IN, na Central do Negage - em data não precisa, mas sem quaisquer consequências. Enquanto isso, e cito do Livro da Unidade, «desenvolveu-se elevado número de acções e operações em toda a ZA, mas nomeadamente sobre o Mungage, Negage, Aldeia e Tabi».
Correio de Portugal dá conta de muitos problemas políticos e sociais em Lisboa. Uma carta do Governador Civil de Aveiro a 25 de Abril de 1974 (exonerado nos dias seguintes), faz irónico comentário sobre a nova política nacional: «Mudaram as moscas!!!...».
Lisboa arde em conflitos e instabilidade: Palma Carlos (foto de baixo), líder do 1º. Governo Provisório, tomou posse a 15 de Maio e demitiu-se a 9 de Julho, sendo exonerado a 11. MFA e Governo não se entendem e Palma Carlos, sem carta branca para fortalecer o seu poder, bateu com a porta. Substituído por Vasco Gonçalves (foto de cima) - coronel que formou Governo com 17 ministros: 8 do MFA, dois do PS, um do PPD (PSD), um do PCP e independentes, com orientação política proxima do PCP.A nós, no Quitexe e sua ZA, tudo isto passava ao lado. O Expresso era, na altura, o jornal que nos chegava à 2ª.-feira e em que íamos lendo «novas» da confusão que se passava em Lisboa. Com as dicas do correio pessoal que nos chegava, lá nos íamos "informando", embora sem pormenores e sem sem entender bem as intrigas e a chicana do movimento revolucionário que se enlabaredava por Lisboa e corria o país fora. Da Guiné, onde jornadeavam os comterrâneos Dinis, António Melo e o Aldírio, chegavam aerogramas com notícias do próximo regresso a Portugal, com a independência dada ao PAIGC. E nós? Em Angola? Não sabíamos, mas ainda tínhamos mais de um ano pela frente.
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