domingo, 10 de julho de 2011

A mentalização dos povos do Quimassabi e Quitoque

Quitexe (a vermelho), Quimassabi (verde) e Quitoque (amarelo), na estrada para Carmona

O dia 10 de Julho de 1974 foi, para os então debutantes Cavaleiros do Norte, mais um de runiões do Comando com os povos da ZA: os de Quimassabi e Quitoque, na beira da estrada de asfalto que liga a vila do Quitexe a Carmona.
A mentalização das populações para o novo ciclo político e militar, decorrente do 25 de Abril, era objectivo primário do BVCAV. 8423 e a essa tarefa se entregou, devotada e competentemente, o Comandante Almeida e Brito - que sempre se fazia acompanhar por oficiais e um pelotão. Algumas vezes (e também noutros casos) o PELREC foi «guarda de honra».
Não sei (não me lembro) se foi o caso deste dia 10 de Julho de 1974, mas é certo que uma e outra aldeia fizeram parte, indistintamente, da construção de memórias da nossa pasasagem pelo Uíge angolano.
Foi no Quitoque que começámos uma operação, nos primeiros dias da nossa comissão e na qual o alferes Garcia matou uma cobra gigante que se soltava de um cafezeiro sobre o pelotão, que pela primeira vez vi uma mulher africana a lavar os dentes com um pau e água de um riacho. O que era coisa espantosa para o nosso olhar de europeus. E lá vi as primeiras mulheres de peitos nus e filhos pendurados nas costas.
Memórias que hoje desfiamos!

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