BC12, em Carmona, visto da estrada que ia da cidade. A amarelo, destaca-se o refeitório. A vermelho, o edifício do comando. O espaço entre estas partes, correspondia às oficinas, casernas, serviços e parada. Ao lado direito, o bloco residencial
A 28 de Julho de 1975, já desde há dias que se preparava a saída da guarnição para Luanda: a CCS e a 2ª. CCAV. iriam de avião, no domingo seguinte, 3 de Agosto. Desde há dias, também, que os militares que residiam na cidade, tinham abandonado as instalações onde se aposentavam. No caso dos furriéis milicianos, fomos ocupar o edifício que na foto se assinala à direita. destacado do quartel (o BC12).
A este tempo, praparava-se cuidadosamente a terceira tentativa de saída do MVL para Luanda. Que viria a ser de vez, a 25 de Julho. Por duas ocasiões (a 13 e 21), tinha sido impedida, sem que os militares portugueses estivessem autorizados, pelo COPLAD, a forçar a evolução da coluna. A avançar na estrada, nem que fosse a tiro. Avançou a 25, depois da reunião com a FNLA/ELNA. Era uma questão de «ou vai, ou racha». Foi e não rachou.
A este tempo, praparava-se cuidadosamente a terceira tentativa de saída do MVL para Luanda. Que viria a ser de vez, a 25 de Julho. Por duas ocasiões (a 13 e 21), tinha sido impedida, sem que os militares portugueses estivessem autorizados, pelo COPLAD, a forçar a evolução da coluna. A avançar na estrada, nem que fosse a tiro. Avançou a 25, depois da reunião com a FNLA/ELNA. Era uma questão de «ou vai, ou racha». Foi e não rachou.
O espírito da guarnição andava entusiasmado.
A saída para Luanda, embora soubessemos que por lá evoluíam seriíssimos problemas, era aguardada desde há muito. Era um passo gigante no caminho para a hora do regresso a Lisboa. Para o fim da «nossa» guerra.
A cidade de Carmona, essa continuava hostil à comunidade militar e repetiam-se desrespeitos e desconsiderações. Que a tropa, para isso instruída, procurava ignorar. Multiplicavam-se, paradoxalmente, os pedidos de ajuda. Adivinhavam-se dramas humanos e familiares. Os civis ganhavam medo ao futuro e as ameaças dos fnla´s fizeram-se «pão de cada dia».
- COPLAD. Comando Operacional de Luanda, órgão coordenador das acções militares portuguesas.
- FNLA. Frente Nacional de Libertação de Angola, movimento presidido por Holden Roberto.
- ELNA. Exército de Libertação Nacional de Angola, braço armado da FNLA.
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