terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Destacamento de Luísa Maria foi extinto há 36 anos

Pose a partir para operação na área da Árvore Vaidosa (a 10 de Outubro de 1974,
em cima). Destacamento da Fazenda Luísa Maria, adido à 3ª. CAV. 8423 (Aldeia
Viçosa). Foto de Novembro de 1974 (em baixo)


A Fazenda Luísa Maria foi poiso de vários pelotões da 2ª. CCAV. 8423, que o capitão miliciano José Manuel Cruz comandava com proficiência e discrição - a partir de Aldeia Viçosa. Foi também fim ou ponto de passagem de algumas missões do PELREC - o pelotão de atiradores da CCS.  Foi desactivado faz hoje 36 anos.
A retracção do dispositivo militar a tal levou e dias antes (a 10!) já a 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, de deslocara totalmente para o Quitexe.
Assim evoluía a nova disposição operacional do Subsector do Quitexe - que dependia directamente do Comando de Sector do Uíge, em Carmona.
O destacamento militar da Fazenda Luísa Maria foi, em data que não sei precisar, ponto de partida para várias operações militares  para a área da perigosa Árvore Vaidosa. Uma delas, talvez de dois dias e com retorno a banho retemperador nos chuveiros da  camarata militar.
Uma vez, a uma tarde de um domingo, no regresso ao Quitexe e em plena picada, fomos testemunhas de uma estranha correria - a de um homem a fugir, com quanto as pernas lhe davam, na frente de uma pacaça, que perigosamente o ameaçava. Salvou-se por se pôr à volta de uma árvore e porque, entretanto, tiro certeiro de G3 abateu o animal. 
Ver AQUI.
E AQUI.

4 comentários:

Casal disse...

Ora aqui vai um pouco de história que nos fala da célebre Árvore Vaidosa, muitas vezes associada aos perigos que o seu nome nos incutia.
Na década de 60, na zona hoje denominada Árvore Vaidosa, os madeireiros arrasaram, literalmente, uma grande parte da floresta para fins comerciais. O capataz, iluminado por um lampejo de bom senso, ordenou que deixassem ficar uma árvore para sombra de quem dela necessitasse. Findo o corte das árvores, que se terá estendido por muitos hectares, restou a tal árvore, frondosa. Porque ficou sozinha, destacava-se pela sua imponência, e os madeireiros alcunharam-na de "Árvore Vaidosa". Assim, esta zona de mata passou a designar-se, valendo também como ponto de referência a militares e civis, a zona da "Árvore Vaidosa".

Anónimo disse...

Boa tarde a todos.
O meu nome é Eduardo Silva, neto de Eduardo Bento da Silva, regente da fazenda Luísa Maria, e que provavelmente muitos de vós chegaram a conhecer.
Venho por este meio comunicar o falecimento do meu avô, no dia 11 de Setembro de 2011.

Eduardo Silva

Anónimo disse...

quanto ao corte por madeireiros duma vasta area de arvores ao redor da ARVORE VAIDOSA é mentira esta não é a historia da referida arvore conheço a historia da LUISA MARIA desde 1956 da qual saí pela ultima vez em 1969.Sou filho do grande obreiro que da selva fez o que foi a GRANDE FAZENDA LUIS MARIA.Ainda hoje quando fecho os olhos percorro todas as estradas da fazenda incluindo o local por onde a tropa entrava em direcção a referida arvore.

Viegas (ex-furriel miliciano) disse...

Caro Eduardo:
Pode enviar-nos uma foto de seu avô?
Onde morava, agora?
Que idade tinha?
Contacte-nos pelo endereço c.viegas@mail.telepac.pt.
Obrigado.
C. Viegas