sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Comissões Locais de Contra-Subversão reestruturadas


Administração Civil do Quitexe (anos 70), onde se realizaram muitas reuniões da
Comissão Local de Contra-Subversão (CLCS)


As Comissões Locais de Contra-Subversão (CLCS) agiam directamente junto das populações, através de acção psicológica e visando influenciar o seu comportamento, no sentido de uma maior fixação no território e de negar o apoio a elementos infiltrados do exterior. Era uma espécie de braço civil não armado (com militares) de apoio às Forças Armadas.

O topo da estrutura era o Conselho Provincial de Contra‑Subversão - o CPCS, composto pelo Governador‑Geral, Comandante‑Chefe, Secretário Geral, Secretários Provinciais, Comandantes dos três Ramos das Forças Armadas - e que era apoiado por um Gabinete de Estudos e Coordenação da Contra‑Subversão (o GECSV, chefiado pelo Chefe de Estado‑Maior do Comando‑Chefe).
A nível dos distritos, instituíram‑se os Conselhos Distritais de Contra‑Subversão (o CDCS, com o Governador, Comandante de Sector, Intendente, Chefe do Estado‑Maior do Sector) e nos concelhos, circunscrições administrativas, nas freguesias e nos postos administrativos organizaram‑se Comissões Locais de Contra‑Subversão (a CLCS, integrando a autoridade administrativa e comandante militar locais). Assim era no Quitexe.
Assim era, mas foi reestruturada em Dezembro de 1974, atendendo à evolução do processo de descolonização que, segundo o Livro da Unidade, «impôs uma mudança radical dos hábitos dos longos anos de guerra».
As CLCS, por outras palavras, «deixaram de ter razão de ser» e, em função do necessário estreitamento das relações civil-militar e procurando outra feição de actuação» foram reestruturadas e denominadas Comissões de Coordenação Civil-Militar. No caso do Quitexe, passou a designar-se pela sigla CLCMM. Assim foi decidido a 2 de Dezembro de 1974. Para efectividade a partir do dia 11.

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