Vista aérea do Quitexe, nos anos 70. Messes de sargentos e oficiais (círculo cor de rosa), casa dos furriéis e secretaria da CCS (amarrelo), edifício do comando, parque-auto e parada (vermelho), igreja (verde) e administração civil (roxo)
A vila do Quitexe era assim um conjunto de casas, distribuídas por duas ruas principais. A principal, em primeiro plano e depois de curvamento, correspondia (e corresponde) à chamada estrada do café - ligando Luanda a Carmona (hoje, Uíge). Paralelamente, na zona de círculos de cor, ficava a avenida e a zona militar.
Ainda na rua principal, ficavam um depósito de material de guerra (onde se registou um singular incêndio, a 17 de Janeiro de 1975 - ver AQUI) e a oficina e lar das transmissões. E restarurantes e a popular Geladinha do Quitexe, uma padaria, a administração civil e o jardim público, a estação dos Correios.
Eram ruas de grandes passeios e fartas conversas, normalmente já pela noite aberta, a desescaldar o calor africano que nos moía o corpo - indo ou saindo de restaurantes e bares. E por lá se espreitavam também a graciosidade das cachopas de cor mais clara, que nos enchiam os olhos de alegria e o corpo de desejos. Sem muita conversa, não fosse algum fortuito sonho de momento se transformar em drama emocional.
A rua de cima, assim a chamavamos, escondeu muitos segredos e foi percurso da corrida de S. Silvestre, na noite de passagem de ano. Por ela se declamaram promessas e fizeram juras de saudade, sempre que, noite adentro e por horas de lazer, os militares da guarnição «maquilhavam» a nostalgia e a distância de milhares de quilómetros das terras dos seus berços.
O período natalício, até aos Reis de 1975, foi tempo de muitas emoções. Faltava-nos o cheiro dos bilharacos, a verdura do musgo dos presépios, o repenique dos sinos, até as papas de abóbora. Mas estavamos longe, a matar saudades!
A rua de cima, assim a chamavamos, escondeu muitos segredos e foi percurso da corrida de S. Silvestre, na noite de passagem de ano. Por ela se declamaram promessas e fizeram juras de saudade, sempre que, noite adentro e por horas de lazer, os militares da guarnição «maquilhavam» a nostalgia e a distância de milhares de quilómetros das terras dos seus berços.
O período natalício, até aos Reis de 1975, foi tempo de muitas emoções. Faltava-nos o cheiro dos bilharacos, a verdura do musgo dos presépios, o repenique dos sinos, até as papas de abóbora. Mas estavamos longe, a matar saudades!
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