quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ares e emoções do Quitexe...

Caserna dos atiradores (primeira, à esquerda), parada e edifício do Comando do BCAV. 8423 - á esquerda, o edifício no cruzamento (foto tirada do lado da capela do Quitexe)

O espaço mais militarizado» do Batalhão de Cavalaria 8423, no Quitexe, é o que se parcialmente se vê à esquerda. Ali se concentravam as casernas dos praças, a cozinha e refeitório, as oficinas, a parada. E o comando! Era o espaço-mãe dos Cavaleiros do Norte - onde se respirava a vida, se sonhavam futuros e se viviam alguns medos, quando de lá saíamos para operações, patrulhamentos ou escoltas.
Ali, para o lado esquerdo, é visível, no ar, a barra da entrada da parada - da avenida principal da vila quitexana. Para a direita e na mesma avenida, ficavam a secretaria da CCS, a Casa do Furréis, o depósito de géneros e de armamento, as messes de oficiais e sargentos e a enfermaria - entre outros edifícios civis mas utilizados por militares.
A saída da CCS, a 2 de Março de 1975, deu lugar à sua «ocupação» pela 3ª. Companhia de Cavalaria, que estivera estacionada em Santa Isabel, que pelo Quitexe já coabitara connosco desde Dezembro de 1974 e onde, depois, teve alguns e maus «amargos de boca» - devido aos repetidos incidentes que se registaram entre os militantes dos movimentos de libertação.
Ao tempo, é justo sublinhar a eficácia e coragem do comando do capitão miliciano José Paulo Fernandes - comandante da CCAV.
A mais de 35 anos de distância dos acontecimentos, quase já não damos, ou lembramos a gravidade de muitos momentos dramáticos que por lá se viveram . enquanto indirectamente envolvidos nas confrontações armadas entre os movimentos de libertação.

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