eram passagem obrigatória da instrução militar
Há 36 anos, por estes dias, as várias sub-unidades do BCAV. 8423 palmilharam os arredores do Campo Militar de Santa Margarida, continuando a sua preparação para o teatro de operações em chão de Angola.
Os grupos de combate (pelotões da atiradores) mais ou menos repetiram o que já haviam feito entre 18 e 22 de Fevereiro, mas desta feita em cenários, digamos, ainda mais reais. Os dez dias de férias - as chamadas Licenças de Norma... - que antecipavam a partida já estavam marcados (entre 18 e 28 de Março) e por Santa Margarida vivia-se um clima de «guerra», com operações pela nossa já conhecida Mata do Soares. Recordo alguns nomes de localidadespor onde passámos, avulsamente: Malpique, Casais (era mais de um...), Vale do Mestre, Pocariça...
A paisagem era algo agreste, mas sobrava a simpatia das populações - que facilmente se empatizavam com a tropa. Numa dessas noites, deu-se parte do PELREC, que servia de IN a pelotões das companhias operacionais, a ver um jogo de futebol na televisão - coisa muito rara por esse tempo... - num café de aldeia, onde (quase) foi surpreendido por um grupo de oficiais, que incluía o comandante Almeida e Brito. Em missão inspectiva.. Lá nos safámos a "fugir" pelas traseiras, até porque o grupo parou mesmo no café, pela mesma razão: ver a bola!
Ao outro dia, no Destacamento e na formatura da manhã, perguntou o então aspirante a oficial miliciano Garcia, o comandante do PELREC e que integrava o grupo: «Então, quanto ficou o jogo?...». Afinal, tínhamos sido detectados.
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