Quitexe, entrada do lado de Luanda (em cima). Localidades da Estrada do Café, por onde passou a CCS a 6 de Junho de 1974, desde o Grafanil (quadrado a vermelho, ao lado de Luanda)
Faz hoje 37 anos que chegámos ao Quitexe, terra do nosso destino da jornada de África que nos fez irmãos dos angolanos. Saímos do Grafanil, ainda de madrugada, vimos a Luanda imensa fugir aos nossos olhos e lá fomos, em estrada de asfalto, galgando quilómetros atrás de quilómetros. Logo à frente, o Cacuaco, depois o Caxito (com breve stop, sem sair das viaturas) e depois novo paragem em Úcua - onde o destino me fez encontrar com um conterrâneo, o Neca Taipeiro.
E lá continuámos nós, em marcha incómoda de camião, a espreitar a paisagem quente que nos enchia os olhos, a descobrir a terra vermelha que iria ser chão dos nossos passos no norte angolano. A ver a espuma dos nossos dias militares a fazer-se e desfazer-se na alma.
Quitexe? Como seria, nestes dias portugueses do pós-25 de Abril, a vila-mártir de 1961 e anos seguintes? Quem lá encontraríamos, como nos receberiam, como os adapataríamos? Eram perguntas a que a nossa marcha de camião não respondia, por mais quilómetros de asfalto que galgássemos. Sempre asfalto. O que era uma surpresa. Não se via as picadas que tanto ouvíramos falar e que tanto nos levedavam os medos. Teríamos de chegar lá!
Úcua, terra dos Dembos, Ponte do Dange, aí estávamos nós em terra do Uíge! Depois, Vista Alegre, Aldeia Viçosa e... Quitexe!
Faz hoje 37 anos! E chegámos!
A foto de cima mostra a nossa primeira imagem do Quitexe!
Aí estávamos nós, recebidos pelo Batalhão de Caçadores 4211, que íamos render.
Bem recebidos! Muito bem recebidos!
- TAIPEIRO. Manuel Ferreira dos Reis, um dos dois primeros mlitares da mimha aldeia combater em Angola. Passou pelo Quitexe em 1961 e, em Junho de 1974, como civil, trabalhava num bar de Úcua, onde o encontrei. Faleceu em Março deste ano de 2011, vítima de doença.
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