quarta-feira, 8 de junho de 2011

Primeiros dias do Quitexe e a Maria Turra...

Aquartelamento do Quitexe: Comando e secretaria do BCAV. 8423 (amarelo), porta de armas (rôxo), casernas dos sapadores (verde) e dos atiradores (vermelho). Foto tirada do lado da capela. Na foto de cima, a porta de armas (para a avenida) e o interior da parada

Os primeiros dias do Quitexe foram de acomodação do pessoal,  distribuição de equipamentos e serviços. A principal preocupação era fazer uma instalação tranquila e o mais possível ao encontro dos interesses da guarnição - na medida do que era possível, até porque o comodato era (ainda) com os homens do BCCÇ. 4211, que nós rendíamos.
Logo ouvimos histórias deles: os terrores das picadas, os perigos dos trilhos, os sustos das noites de cacimbo, a rádio do IN - na qual se ouviriam ameaças sanguinárias de uma tal Maria Turra, que seria a voz da FNLA, a partir de um qualquer sítio do vizinho Zaire e a falar pela noite dentro. Era tanta  convicção com que nos falavam de Maria Turra, que chegámos a pensar tudo ser verdade.
Gente houve que a terá ouvido, a vaticinar desgraças para ao nosso destino e «convidando» a tropa a desertar. Nunca ouvi!
A passagem de missões foi-se fazendo gradualmente. Almeida e Brito, o tenente-coronel que era o nosso comandante, já por lá jornadeara, conhecia a zona e o que nos dizia inspirava-nos confiança. Fomos conhecendo a comunidade civil, os bares, os restaurantes, a administração civil, o hospital.
A adaptação foi serena e fácil. Afinal, nem estávamos na mata! O Quitexe era uma vila, pequena mas atraente! Rodeada de sanzalas e atravessada por uam estrada de asfalto, que nos levava à civilização - a Carmona, a Luanda! 

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