sexta-feira, 24 de junho de 2011

A primeira ida a Zalala e visita de médico a sanzala...


Aquartelamento de Zalala, onde se instalou a 1ª. CCAV, do BCAV. 8423


Zalala era para lá dos mistérios e medos de uma picada que pregava sustos e na qual muito sangue correu e almas se gelaram. Além de uns desses sustos, maiores ou menores, para uns ou para outros - era assim, sempre, na guerra ou outro qualquer lado... -  não teve a guarnição do BCAV. 8423 coisa de monda para se queixar. Não teve, sequer e felizmente, nenhum acidente grave em combate. Ou mortos, nestas circunstâncias.
Mas Zalala, era mais que mistério ou lenda! Era uma incógnita enorme, para nós - que aquartelávamos em sítio mais urbano, como era a «cosmopolita» vila do Quitexe.
Vários nomes lhe chamavam: a mais dura escola de guerra, um buraco..., era dois deles!
A 24 de Junho de 1974 conheci Zalala, escoltando o comandante Almeida e Brito, que lá foi em visita «oficial» à 1ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão Castro Dias.
A viagem incluiu pernoita e, fatalmente, farto convívio no bar dos sargentos - onde o Pinto & Companhia fizeram das suas (brincadeiras) e regámos a sede com cucas atrás de cucas.
Isto foi há 37 anos, passa o tempo depressa e só o Livro da Unidade nos aguça a memória para estes pormenores! E ateou-se-me, agora, um outro: parámos numa aldeia da borda da picada para deixar remédios ao soba, levados pelo capitão médico. Foi na Bumbe ou na Mungage, agora não sei dizer, mas lembro-me que foi mesmo visita de médico: parar, recomendar, entregar os medicamentos e seguir para Zalala. Parámos, no regresso, com palmas e vivas dos nativos, coisa que me espantou! 

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