Vista aérea do Quitexe, nos anos 70. A capela, em primeiro plano, a rua de baixo (avenida) e a de cima (estrada do café, de Carmona a Luanda)
A 7 de Junho de 1974 já a CCS era «veterana» de guerra no Quitexe, depois de uma chegada (na véspera) cheia de curiosidade e de uma primeira noite com mosquiteiro na janela do quarto de cimento que ia ser meu pouso (e do Neto) pelos meses seguintes.
A noite foi dormida em sono tranquilo, depois de já ter dado a volta à vila - o que não era difícil: duas ruas principais, a de cima (a estrada do café) e a avenida de baixo, por onde se instalavam os serviços militares. Passei pela capela e lá vi as placas de mármore com nomes de mortos da carnificina de 1961.
A primeira manhã foi de conversa com a rapaziada do BCAÇ. 4211, que nós íamos render e se preparava para viajar para Ambrizete, no litoral angolano. Eles, a quererem saber novidades do novo Portugal europeu; nós, mortinhos por saber como lidar com o nosso novo chão militar. Avisou-me o Casares: «Quando ouvires linguagem que não entendas, age logo!...». Agir contra os nativos.
Foi dia, o 7 de Junho de 1974, de passagem da 1ª. CCAV. 8423, do comando do capitão Castro Dias, para Zalala - outro sítio mítico da guerrilha do norte de Angola.
Lá passaram eles, menos afortunados que a CCS - que estava numa vila e iam eles para o mato. Nós, ainda a instalar as malas e a acomodar toda a companhia, em comunhão de espaço com os «caçadores» da 4211.
- CASARES. Furriel miliciano do BCAÇ. 4211. Natural de Chaves, onde foi guarda-redes da equupa de futebol, nos anos 70.
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