terça-feira, 28 de junho de 2011

8 furriéis de Zalala em passeio pela mata


 Furriéis de Zalala: Rodrigues, Barata, Louro, Nascimento, Eusébio, Dias, Velez e Victor Costa

De Zalala, se tem dito por aqui (e por muita gente!) que era «um buraco». Por lá se enviuvaram muitas emoções e se «multiplicaram» alguns degredos. Era a uns 40 quilómetros do Quitexe, para lá de uma picada de muitos perigos.E nela se sentiram sustos vários.
Eu mesmo, com a brava rapaziada do PELREC e no regresso de uma operação, fomos «vítimas» de uma emboscada, que não foi: eram tiros de gente civil que caçava, mas que nos castigaram a alma e semearam o corpo de medos.
O Rodrigues, que por lá foi furriel e agora goza os prazeres da reforma, por Vila Nova de Famalicão, vem aqui ao blogue (com a foto lá de cima), dar conta de «um dia de maluquice...».
Foi, diz ele, «um daqueles  domingos de nada fazer em que, não me recordo se com autorização do comando ou não, resolvemos fazer uma investida de" turismo", tirar as roupas civis da mala, só para alguns, e levar os restantes camaradas a conhecer locais ja conhecidos dos atiradores, por razões óbvias».
Quase todos eles são atiradores, na verdade. E «já lá tinham estado variadas vezes«, mas os outros, os "especialistas", iam estrear-se na novidade «turística».
Os atiradores os tratavam os sobreditos como "aramistas", porque não saíam do arame farpado e, embora estivessem em Zalala, «não conheciam a área geográfica que envolvia o aquartelamento». Não saíam à volta do buraco. Assim era Zalala, em 1974.
- RODRIGUES. Américo Joaquim da Silva Rodrigues, furriel miliciano atirador de cavalaria. Aposentado e residente em Vila Nova de Famalicão.
- BARATA. Jorge António Eanes Barata, furriel  miliciano atirador de cavalaria. De Alcains.
- LOURO. José dos Santos Louro, furriel miliciano atirador de cavalaria. Funcionário da Universidade de Évora.
- NASCIMENTO. José António Moreira do Nascimento. Furriel miliciano de alimentação.
- EUSÉBIO. Eusébio Manuel Martins. Furriel miliciano atirador de cavalaria. De Belmonte, aposentado.
- DIAS. Manuel Dinis Dias. Furriel miliciano mecânico. De Lisboa.
- VELEZ. Vitor Manuel da Conceição Gregório Velez, furriel miliciano. Residente na Amadora.
- COSTA. Victor Moreira Gomes da Costa. Furriel miliciano atirador de cavalaria.

4 comentários:

Tomás disse...

È caso para dizer "vivá peluda". Mas que é isto? No meio da mata á civil de tons vermelhos e a fazer fogueiras! Bonito hem!!! E ainda criticavam quem tinha de ficar "preso" dentro do arame farpado. Boa rapazes, mandem cá para fora essas aventuras que vocês viveram pois precisamos todos de boa disposição relembrando esses momentos vividos só por alguns. Obrigado.

Anónimo disse...

Falta o fotografo...........Lembro-me esta foi tirada a caminho do aeródromo,num domingo.
ManPinto"

Viegas (ex-furriel miliciano) disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

"Só podiam ser 6 atiradores e 2 aramistas, todos armados e claro e até aos dentes, a foto não denuncia além de dois armados de vigia, mas todos eles tinham a respectiva defesa logo ali á mão.Não fosse o diabo tecelas."
Rodrigues