Futebol uma equipa da CCS. Em cima, Grácio, Gomes, Miguel (1º. cabo), Botelho
(Cubillhas), Miguel (furriel miliciano paraquedista), NN e Soares (em cima).
Miguel (condutor, ?), Mosteias, Lopes, NN, Monteiro e Teixeira (estofador).
Alguém pode ajudar a identificar os desconhecidos?
O tempo de Fevereiro de 1975, no Quitexe, foi também tempo de futebol - ora entre equipas do batalhão, ora contra formações civis. Os jogos do campo ao lado da estrada para Carmona, antes do quartel da OPVDCT, foram «batalhas» menos perigosas que as operações militares, mas disputados com ardor verdadeiramente guerreiro.
O Livro da Unidade, relativamente a este período, dá conta que «a saída do oficial de acção psicológica (...) e a sua substituição, fez melhorar o panorama dos trabalhos inerentes àquela função, impulsionando-se a prática de jogos desportivos». E o futebol, obviamente, era rei.
Recordo-me, agora, de um jogo de um domingo à tarde, estava eu de piquete, de que não sei o resultado mas que envolveu umas breves escaramuças entre civis e militares, que implicaram a nossa intervenção para aliviar os ânimos, que se exaltavam - depois de umas cucas, uma ekas ou umas fartas nokais bem bebidas, seguramente por excesso. Nada que não se resolvesse, com mais berro menos encontrão.
Antes dos Cavaleiros do Norte, de 1965 a 1967, conta-nos José Lapa que havia no Quitexe uma equipa que tinha as camisolas amarelas, com punhos e golas pretas, calção preto e meias também pretas. Os jogadores do Clube Desportivo do Quitexe eram todos, mas mesmo todos, militares do BART 786. Entre eles, havia um que sobressaía pela sua classe: o Zé Manel, atleta do S.C.Beira-Mar, clube de Aveiro que na altura militava no segundo escalão do futebol nacional.
«Era um bom ponta-esquerda!», recodou José Lapa, acrescentando que «nesses anos, nos distritais, ficaram agrupadas as equipas do C. D. Quitexe, Futebol Clube do Uige, Recreativo do Uíge e Sporting do Negage».
Quanto à agressividade, nos jogos no Quitexe, recorda José Lapa que «a coisa era mesmo real,aquilo era a tocar o rasgadinho que nem queira saber».
Ver AQUI.
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Também AQUI.
E AQUI.
- OPVDCT. Organização Provincial de Voluntários da Defesa Civil do Território, força paramilitar.
- Eka, Nocal, Cuca. Marcas de cerveja angolana.
1 comentário:
Lembro-me perfeitamente do cubilhas,ele era um castiço dos diabos.
Um abraço para os cavaleiros do Norte, em especial,para o Cubilhas.Deste amigo Cavaleiro do Norte
Alfredo Coelho ( Buraquinho )
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