Fachada principal do BC12, em Carmona, para
onde rodou parte do BCAV. 8423
Os primeiros dias de Fevereiro de 1975 trouxeram a novidade: íamos para o BC12, em Carmona. «Escapávamos», assim, às convulsões de Luanda e quanto ao futuro, fosse o que Deus quisesse.
A capital andava a ferro e fogo e da metrópole chegavam insistentes pedidos para que dessemos notícias de conterrâneos que por lá faziam pela vida. Telefonar não era coisa fácil ao tempo - tínhamos de recorrer aos CTT... - e nem sempre encontrávamos quem queríamos, do outro lado da linha. A solução era ir a Luanda, em «desenfianço» combinado. Assim aconteceu pelos primeiros dias de Fevereiro e em Luanda adquiri uma aparelhagem sonora que Fátima Resende, em viagem para Portugal, fez o favor de me trazer. Os conterrâneos ali residentes, estavam todos bem, embora cheios de dúvidas quanto ao futuro.
De volta ao Quitexe, murmurava-se então a iminente rotação para Carmona, que o alferes Garcia nos confirmou: «Vamos nós e vai a 2ª. Companhia», disse ele, com ar de segredo.
E quando?, perguntava a nossa ansiedade. Saberíamos dentro de dias, o que nos foi confirmado pelo Cruz, dias depois, chegado ao Quitexe de uma reunião do MFA.
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