O Liberato, ali ao lado esquerdo (no mapa) e visita do comandante Almeida e Brito (à direita, na foto), quando era oficial de operações operações do B/Cav 1917, em 1968
Ao sair esta tarde de uma assembleia geral, reconfortava-me numa esplanada de Águeda, com um parceiro da reunião, quando, em passo aligeirado e com a filha pelo lado, m´apareceu o Zé Marques, velho amigo de escola. E o que tem que ver o Zé Marques com os Cavaleiros do Norte?
Bom, o Zé Marques era o furriel Oliveira, da companhia do Liberato - essa mesmo que se revoltou por volta de Outubro de 1974, e quis avançar sobre Carmona. A companhia de militares angolanos que a CCS do BCAV. 8423 foi chamada a parar no asfalto da terra do café - entre Quitexe e Aldeia Viçosa.
A companhia era de militares angolanos, de todas as raças e cores, mas com quadros na sua maioria europeus. Era o caso do Zé Marques, furriel miliciano de alimentação - que chegou ao Liberato em rendição individual, por lá esteve dois meses com uma companhia formada no RI 21, de Nova Lisboa. E depois outra, a que se viria a revoltar, a CCAÇ. 209 - também do RI 21.
A CCAÇ. 209 dependia orgânicamente do BCAV. 8423 e, por isso, pelo menos duas vezes lá estive - em escoltas a delegações militares. Sem nunca encontrar o Zé Marques, por razão simples: ele era lá o furriel miliciano Oliveira e por ser natural do Caramulo, nunca ninguém o associou a Águeda - quando por gente de Águeda eu perguntava.
O desgosto da nossa conversa associou-se hoje ao insólito de termos concluído termos estado, numa visita do comandante Almeida e Brito (que o PELREC escoltava), a poucos metros um do outro, sem por nós darmos.
Como foi possível, Ó Zé Marques?!
A CCAÇ. 209 viria a ser a última do Liberato e«o nosso furriel» regressou a Portugal e ao seu Caramulo nas vésperas do Natal de 1974.
- ZÉ MARQUES. José Marques de Oliveira, furriel
miliciano de alimentação. Natural do Caramulo e
residente em Águeda.Aposentado da Caixa
Geral de Depósitos.
E AQUI
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