sábado, 12 de março de 2011

O ADEUS DA 2ª. CCAV. À VILA DE ALDEIA VIÇOSA



Aldeia Viçosa, alguns anos antes da passagem da 2ª. CCAV. 8423


A 11 de Março de 1975, completou-se a rotação da 2ª. CCAV. 8423 de Aldeia Viçosa para Carmona. Somava-se uma nova etapa da jornada angolana dos comandados do capitão miliciano Cruz.
Um primeiro grupo de combate desta companhia já estava na cidade, deslocado aquando da rotação da CCS, a 2 de Março. Reforçava-se, assim, a guarnição citadina - que estava muito reduzida. Pouco mais era, mesmo a partir desta data, que a CCS e a própria 2ª. CCAV. 8423. E a verdade é que era uma garnição manifestamente insuficiente para «garantir os serviços solicitados ao batalhão». Que eram muitos.
Sem precisar o período, ocorre-me que os militares operacionais estavam de serviço dia-sim-dia-não - e apenas para garantir a segurança do BC12, do Comando da Zona Militar Norte (e do Sector), numa altura em que já se murmuravam prováveis retaliações dos militantes dos movimentos emancipalistas, nomeadamente dos chegados do mato e em relação a alguns civis. A sobrecarga de serviços levou mesmo, por esse tempo, a que alguns especialistas passassem a fazer serviço de escala, no interior das unidades, para, de alguma maneira, folgar os que repetidamente tinham de sair - para patrulhamentos, escoltas, policiamentos e outras acções no exterior.
O companheiros da 2ª. CCAV. 8423, naturalmente, folgaram com esta transferência: a cidade oferecia-lhes um mundo civil que inexistia em Aldeia Viçosa. E a chegada a Carmona era, também, a sua primeira etapa no caminho para Lisboa. Que aconteceria a 10 de Setembro. Não se sabia, a esse tempo, mas ainda faltava meio ano.

Sem comentários: