Vista aérea do Quitexe, com a capela em primeiro plano. As instalações militares, logo a seguir, para a esquerda (parque-auto e comando) e direita (secretaria, casa dos furriéis, dep´psito de géneros, messe de oficiais padaria e messe de sargentos - por esta ordem, edifícios do lado de cá da avenida
MANUEL MACHADO
(texto)
Hoje mesmo naveguei pelo blogue e verifiquei que está aqui um excelente documento de memórias. As de reviver o passado de dignidade e humanidade destes homens que não fugiram, porque não tinham medo. A nossa história honra o nosso nome e o da nossa descendência, do qual devemos orgulhar-nos.
"FOMOS SOLDADOS" de corpo inteiro, cumprimos a nossa missão, sempre atentos a tudo e a todos. Estou lembrado de, no final de 1974, ser chamado ao Comando de Batalhão, com os furriéis Viegas e Neto, para dar explicações sobre a nossa conduta "política". Respondemos perfilados e sem hesitações às questões que nos foram colocadas e saímos do inquérito com o mesmo espírito com que entrámos. Fomos sempre militares disciplinados e disciplinadores, a quem não havia nada a apontar. Desde o Quitexe a Carmona estabelecemos sempre uma grande ponte de colaboração e diálogo com as populações civis, colaborando com todos fraternalmente.
Também quero deixar aqui expressa a minha gratidão ao (ex-furriel) Viegas, pela ideia de criar este espaço de partilha de lembranças, que está muito bem organizado e mantém viva a chama do lema com que estivemos nas terras de Angola: "Peguntai ao inimigo quem somos!».
- MACHADO. Manuel Afonso Machado, furriel miliciano mecânico de armamento. Natural de Covelo do Gerez (Montalegre) e quadro superior da EDP em Braga (onde reside).
1 comentário:
Amigo Machado:Gostei muito de ler o teu texto,como diz um amigo de caça não somos fetos de merda de passarito como são feitos agora.Francisco Neto
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