Edifício da Administração Civil do Quitexe, no jardim da vila uígense. Os detidos nos patrulhamentos de Outubro de 1974 eram entregues ao administrador do Concelho. Aqui se diria, ao presidente da Câmara Municipal
Os dias de Outubro de 1974 foram semeados de diferenças de nível de estabilidade, de humor e de expectativas. Ora se sonhava para «amanhã» a saída para Carmona, a caminho de Luanda e de Lisboa; ora, incidentes do dia-a-dia punham em causa a estabilidade político-militar. Logo, a segurança de pessoa e bens. E, quanto a pessoas, digamos que o principal problema tinha a ver com a comunidade civil branca e europeia.
Temiam-se represálias, havia muita gente da população nativa recalcada de estigmas e ressentimentos de uma vida - e que ameaçava fazer isto e aquilo, «vingando-se» de atitudes e gestos dos ontens que lhes eram comuns. O homem branco, por definição, era homem... mau!
Ja aqui falámos do provável ajuste de contas que levou dois madeireiros à morte, executados na picada entre as fazendas Alegria II e Ana Maria. Mas outros incidentes houve. Socorrendo-me do Livro da Unidade, aqui recordo hoje que, neste dia de 1974, (...) «a FNLA começou a procurar realizar actividade de pilhagens aos utentes dos itinerários», especialmente entre o Quitexe e Vla Viçosa.
Razão para intensificar os patrulhamentos. Razão para o PELREC «sair» quase todos os dias para a estrada. Num desses patrulhamentos - e sem que consiga recordar a data - um soldado da CCS caiu da Berliet em andamento, na estrada de asfalto, e ficou muito mal-tratado. Não me recordo do nome (não era do PELREC), mas sei que teve de ser hospitalizado, com graves problemas na zona lombar e pernas. Alguém se lembra quem foi?
- PELREC. Pelotão de Reconhecimento, Serviço e Informação (atiradores), comandado pelo alferes miliciano António Manuel Garcia (Ranger´s).
1 comentário:
Lembro este caso, mas não me lembro quem foi o acidentado.
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