A foto não tem a melhor qualidade mas mostra, à direita, a entrada da zona parqueada do quartel do Quitexe. Vê-se a guarita da guarda e bandeira nacional hasteada
A 4, 21, 25, 26 e 28 de Outubro de 1974, oficiais do BCAV. 8423 reuniram-se com oficiais de outras unidades e o Comando de Sector do Uíge, em Carmona, seguramente para definirem estratégias militares, em função da evolução dos acontecimentos.
As hostilidades com e dos combatentes da FNLA (os únicos que operavam na zona) estavam tacitamente paradas - embora com desconfianças, pelo menos da parte portuguesa (e é desta que posso falar), em particular dos militares operacionais, os que ainda tinham de calcorrear trilhos e picadas, em missões que tanto podiam ser «simples» escoltas, visitas sanitárias às sanzalas e fazendas, ou patrulhamentos (apeados e motorizados).
Tinham cessado as operações no mato, mas cada saída do Quitexe sempre era um perigo para as colunas militares.
A plataforma de entendimento que estava a ser negociada pelas duas partes (portuguesa e angolana), na verdade, em pouco mudou a vida operacional que se conduzia na zona de acção do BCAV. 8423 - caracterizando-se, principalmente, por intensa actividade de patrulhamentos, quase sempre com pequenos incidentes.
O objectivo, em função de repetidas acções de banditismo na zona, era criar condições de segurança ao tráfego rodoviário - especialmente entre o Quitexe e Aldeia Viçosa.
O Outubro de 1974 misturou dias de folguêdo (passe a expressão), com alguns outros mais doridos e estigmatizados pelos perigos de quem circulava em troços da terra angolana do Uíge.
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