Escola primária do Quitexe. Um dos primeiros alvos da nossa curiosidade na vila foi conhecer os edifícios públicos. Já aqui falámos por várias vezes da capela (igreja) da Mãe de Deus do Quitexe - e, já agora, da missão do lado, onde sacerdotava o padre Albino Capela. Olhámos a administração civil com curiosidade, passeámos o jardim, olhámos o hospital, espreitámos um e outro estabelecimentos comerciais, fomos semeando empatias com os civis e, numa palavra, fomos-nos sentindo integrados. Eu, por mim, quis ir conhecer o cemitério. Igrejas e cemitérios ainda hoje são, para mim, os espelhos de qualquer localidade. E gostei!
Os militares que substituímos bem nos ajudaram nessa integração e, por mim - que nem sou muito dado a empatias de primeiro olhar, valha a verdade que me sentia muito bem! Os novos cheiros, os novos sons do dia-a-dia, o calor imenso que nos ensonava e transpirava, as mulheres negras de seios imensos e quase desnudados que passavam com os filhos amarrados ao corpo de um jeito para nós estranho. O seu bombalear sensual, de carapinhas imensamente negras, olhos e boca grande, gingando, gingando... e emprestando o seio à fome das suas crianças! A vegetação imensa e os sumarentos frutos tropicais que nos matavam a gula! Tudo isso, e quanto mais!!!, nos tornou quitexanos logo nos primeiros dias.
Faltava saber e conhecer a dor maior, a da razão que nos levava lá: a dureza e os imprevistos das missões que iríamos ter de cumprir! Mas como já por aqui foi dito, não foi coisa que não assumíssemos de corpo inteiro, ou nos atemorizasse!
2 comentários:
Passei muitas vezes a pé nesta estrada quando ia para o bar do Rocha malhar uns canhângulos com camarões oi pregos no pão com muito gindungo, aquilo é que eram tempos.
E as aulas regimentais que era naquele coberto ao lado do bar dos soldados na aveniada, lembro-me de te lá ver com o Neto e o Cruz a dar aulas aos soldados que não tinham a quarta classe, aquilo é que eram tempos, senhores professores.
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