domingo, 14 de junho de 2009

Dois tipos de Ois da Ribeira no Quitexe!!!

Administração do Quitexe (Foto de Franklim, Abril de 2009)

Ontem, soube, sem querer, que o meu conterrâneo José Pires esteve no Quitexe. Vejam lá... o Zé Pires, irmão do presidente da Junta. Mora ali a 300 metros, perto do rio, e esteve lá entre Maio de 1969 e 1971, ele já não se lembra bem, mas na CCS de uma Companhia de Caçadores, que depois transitou para Catete.
Quem havia de dizer?! Outro dia, soube que por lá passou também o Carlos Costa, dono de um restaurante em Águeda! E o Tocá de Águeda e o Marques de Macinhata!
Falámos, naturalmente - eu e o Zé Pires - do que cada um de nós por lá passou e sentiu, sendo evidente a cumplicidade que quase nos tornava contemporâneos do Quitexe! Quitexe é, assim parece, uma palavra que inspira e multiplica magias e prende quem por lá passa.
Aliás, se há coisa que me surpreende é o incrível número de pessoas, antigos combatentes e civis, que se afirmam cidadãos do Quitexe e me têm contactado. Porque lá nasceram, cresceram e se fizeram adultos! Ou no caso do militares, porque lá passaram horas, dias e meses de amarguras e saudades, em plena juventude! E também muitos momentos de empolgamento. A vida é assim!
Curioso, o Zé Pires falou-me muito no Topete, do Rocha e do Pacheco (que na altura teria outro nome), locais de culto para umas boas cervejas e uns pregos no pão; de um estabelecimento com o nome de uma senhora estrangeira, madame qualquer coisa.. (que eu suponho ser o dos Guerreiros, no meu tempo), as sanzalas dos arredores, o Talabanza e a fábrica de serração, a enfermaria. E ele a falar e nós a imaginarmo-nos a palmilhar juntos aquela terra vermelha de Angola.
Bom, para dizer bem: ficámos um par de horas a beber cerveja e a falar do Quitexe. De onde ele nunca saiu, a não ser algumas vezes a Carmona e depois para Catete!
Vejam lá: dois tipos de Ois da Ribeira que estiveram no Quitexe! E não sabíamos um do outro! Um destes dias vamos trocar fotografias e falar à quitexano!!!

2 comentários:

Anónimo disse...

O seu conterrâneo José Pires terá pertencido ao Bat Caç. 2873. Chegou ao Quitexe a 19/5/69 e lá permaneceu até Outubro de 1970. Nesta data mudou-se de armas e bagagens para Catete, terminando a comissão a 20/6/71.Penso não estar enganado!...
A. Casal

Anónimo disse...

Era madame Van Der Schaff. Segundo vozes de civis, era muito famosa na Vila.Não tanto pela sua fortuna e estatuto mas principalmente pela sua pose um tanto "Hollywoodesca", com motorista e tudo. Naquele tempo a Vila já era pujante.Claro que a Madame náo passava despercebida aos olhos (principalmente masculinos) da Vila!
A. Casal