Os dias de Luanda eram vividos com grande enstusiasmo, até sofreguidão!!! O facto de podermos dispôr de uma viatura, facilitava a nossa mobilidade e era um «ver-se-te-avias» de galgar a cidade e a ilha, pulando para a restinga, pisar a areia quente da praia e... saltar à ilha do Mussúlo, olhando a cidade que como que se fazia despedir do nosso deslumbramento - num «até já» que nos escaldava as emoções e apetites.
A semana pós-páscoa de 1975 - a 30 de Março!!... - foi passada num corre-corre intenso, nem um dia sem encontrar um vizinho de Portugal ou um amigo, deixando para as noites quentes de Luanda o saciar das nossas fomes da idade. Um dia, ao cimo da avenida Álvaro Ferreira, perto do Palácio do Governo, dei de caras com o Carlos Sucena, aqui de Águeda e que por lá cumpria a sua comissão de serviço. Éramos amigos de escola e matámos saudades à volta de cerveja fersquinha, servida em copos de bazuca.
Carmona, a 340 quilómetros, ressacava dos incidentes de Luanda e outras cidades, acautelando-se em patrulhamentos cada vez mais regulares e intensos -na sua malha urbana. Disse tive eco por companheiros que, de passagem pela capital, rumavam em Lisboa, para férias.
A CCS do BCAV. 8423 recebeu o alferes miliciano João Carlos Lima Cabral, para substituir José Leonel Pinto de Aragão Hermida (ver AQUI). A 2ª. CCAV. passou a ter novo enfermeiro - o 2º. sargento miliciano Manuel Alcides da Costa Eira, que esteve no Encontro da CCS, a 12 de Setembro de 2009.
Em Luanda, faziam-se vésperas para o nosso voo aéreo para Nova Lisboa. Em férias com o Cruz!
2 comentários:
Tenho bem presente os oito dias que passei em Luanda, logo após a minha chegada a 15/4/72. Foi o tempo que durou o estágio no Regimento (?) de Transmissões, antes de partir para Luanda. Á saída do Grafanil, tinha um amigo (Bernardino) à minha espera e aí começou a "conquista" de Luanda, em ritmo acelerado. Mal sabia eu que me esperava toda a familia numa vivenda, onde iria sentir na pele todas as mordomias de quem fez questão de bem receber. Ali me montaram o "Quartel General", e a partir dali foi um corre-corre de que guardo boas recordações.
Sempre que nos encontramos, e porque a amizade perdurou, trazemos à baila aquela correria e outras coisas em que a capital era pródiga!
Mas Angola era (e é) muito grande, e todo o resto não tive possibilidade de conhecer. E tenho pena, muita mesmo!
Sei que todos entenderam, mas nada como rectificar: «..Reg. Transmissões, antes de partir para... o Quitexe.» Assim, está melhor.
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