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O que me lembro do dia 25 de Abril, em Santa Margarida, foi que era a manhã de uma quinta-feira e que o nosso saudoso alferes Garcia entrou de repente, e com muito alvoroço, na caserna da CCS e de G3 na cinta, abriu o portão da direita e, ali mesmo, disparou um ou dois tiros para o ar.
"Está andar, está andar quero tudo lá fora em 5 minutos...", gritou ele.
E foi o que aconteceu naquela manhã de Abril. Mais tarde cerca das 10 e qualquer coisa, começámos então a perceber melhor o que se estava a passar, através do Rádio Clube Português. Sentados, com os cantos das G3 entre as pernas e sem sabermos ao certo no que aquilo iria dar. Bons tempos, éramos mais novos 36 anos.
Lembro-me, perfeitamente, que alguns dos companheiros de casernas fizeram ouvidos moucos mas o «problema» ficou logo resolvido, quando o alferes Garcia fez os beliches deles tombar para o chão. Acordaram num instante.
RODOLFO TOMÁS
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