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Vantagem de escrever anotações nas costas das fotografias é recordar histórias a elas ligadas. A de baixo, a preto e branco, fez memória da minha visita à barragem do Cuando, a 14 de Abril de 1975, com Cecília Neves e o marido, Rafael. Na de cima, a cores, estou eu com Rafael e os quatro filhos: Saudade, Fátima, Idalina e Valter. Num dos muitos jardim de Nova Lisboa, no dia 16.
Retratam alguns dos momentos da minha passagem de férias pela cidade e arredores - em tempos de paz e alegria que se testemunha no olhar sorridente e feliz de todos. Seguramente, foram tiradas pelo Cruz - meu companheiro dessa jornada que nos levou ao sul de Angola. Merendámos nesse dia 14 de Abril, na barragem, por cujo arredor se erguia ao tempo uma missão católica - a uns dez/quinze quilómetros de Nova Lisboa.
A memória mais viva que me ocorre da foto de cima tem a ver com o pequeno pescador, que à viva força nos queria vender (e vendeu...) o peixe que tinha tirado à linha da lagoa.
De Portugal chegavam notícias das primeiras eleições. «O largo do cruzeiro está transformado em cenário multicolor, está até mais vistoso. São vários os partidos propagandeados, mas o PS e o CDS são os que predominam», dizia-me, por correio recebido no Hotel Bimbe, minha irmã Maria Dulce, dando ainda nota que «foi à luz do dia que os partidos andaram a fazer a colagem dos cartazes e até se juntaram os simpatizantes dos partidos para fazerem pinturas».
Eram as primeiras eleições portuguesas, depois de Abril de 1974!
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